'China do Gado' passa a sua paixão de pega de bois para gerações

Fotos: Farol de Notícias / Manu Silva

Publicado às 03h58 desta terça-feira (23)

Em alguns momentos de andança pela vida sempre encontramos histórias bonitas, inspiradoras e emocionantes pelo mundo. Em certa feita passando pelo pacato e acolhedor Povoado Remédio, na zona rural da cidade de Betânia, Sertão do Moxotó, encontramos com uma das figuras mais populares da região. Seu sorriso de homem humilde da roça não entrega que é um dos experientes e conhecedores criadores de gado e organizadores de famosas Pegas de Boi no Mato.

Se encoura de chapéu e gibão só para aboiar a criação, não competição, mas Arlindo Urbano da Silva, 60 anos, é bom mesmo de juntar os ‘cabras’ para correr. Ele é filho legítimo do Sítio Salobro pertencente a Fazenda Rancho do Vaqueiro, na região do Remédio, zona rural de Betânia. O criador vem de uma linhagem familiar de agricultores que lidam com do gado e outros animais.

Veja também:   Diretoria do Banco do Brasil vai comprar 1,2 mil kits

Por seu olhar agatinhado, sereno e simples, é conhecido como China do Gado pelas vaquejadas da região. Fama e herança que está deixando para seus dois filhos, Zé e Gustavo, de 28 e 17 anos, crias do casamento com Iraildes, de 53 anos. O terceiro herdeiro lhe deixou após um acidente, desgostoso demorou 12 anos para voltar a organizar festa. Agora retoma como homenagem ao menino, está terminando de construir seu próprio parque de pega de boi para trazer vaqueiros de tudo quanto é canto.

Veja também:   No Dia Internacional da Mulher, PRF prende homem procurado por estupro

'China do Gado' passa a sua paixão de pega de bois para gerações

China e seus filhos mantém viva a cultura da pega de boi 

“Eu vivo do criatoriozinho, pouco, mas vivo dele. Nasci e me criei com gado desde o tempo dos meus avós. Aqui agora eu tô fazendo o evento de pega de boi no mato, já fiz 5 só que não era aqui. Meus pais moravam aqui, meu pai faleceu e minha mãe foi morar em Betânia na casa de uma filha e disse que era para eu tomar de conta aqui. Eu tô montando aqui devagazinho, mas com a continuação do tempo a gente vai fazendo, se Deus me der saúde, até ficar pronto de uma vez. Antes eu alugava a propriedade em outros lugares e fazia”, contou o China, detalhando:

Veja também:   Deputados aprovam projeto que torna CPF o único nº de identificação

“O sertanejo que nasceu aqui é poucos que não gosta do evento, essa cultura de pega de boi, de mato. Eu nunca fui de correr, andava no campo, sei laborar com os bicho, gado, ovelha, mas nunca fui vaqueiro de correr boi não. Andava encourado, mas só na folia. Meus filhos também são do mesmo jeito, cria seus bichinho, mas não correm boi. Eles andam no mato, mas não quiseram a profissão de vaqueiro, tiraram para estudar. Vem passando de pai para filho, avô para neto e estamos fazendo esse lugar aqui para todo mundo, enquanto eu for vivo eu faço, agora se quando eu morrer os filhos quiserem continuar…”