maoPor volta das 9h desta sexta-feira (9), ainda noite de quinta (8) no Brasil, a fila já estava longa na entrada do mausoléu do líder comunista Mao Tse-tung (1893-1976), na praça da Paz Celestial, em Pequim. Sob o sol já forte, centenas de chineses se abrigavam debaixo de sombrinhas e chapéus durante 30 minutos ou até uma hora para uma espiada rápida no líder, que morreu há exatos 40 anos. Voluntários com alto-falantes organizavam a fila.

A regra é que, dentro do mausoléu, ninguém pode parar —deve seguir caminhando enquanto passa ao lado do corpo embalsamado e iluminado de Mao. Nesta sexta, a maior parte dos visitantes saía sorridente, apesar da fila bem maior que o habitual, tirando selfies ou um retrato profissional em frente ao prédio, por cerca de R$ 5. Chinesas tiram selfie em frente à entrada do mausoléu de Mao, em Pequim, nesta sexta (9), quando se completam 40 anos da morte do líder comunista

A maior parte estava em pequenos grupos, com parentes ou amigos. Alguns, em grupos maiores de excursão doméstica —cena frequente na praça. A chinesa Emilie Ouyang, 28, foi sozinha ao mausoléu antes do trabalho para uma homenagem ao líder. “Mao Tse-tung foi um bom homem para a China e para o mundo”, disse à Folha. “Eu o admiro.”