
Em novo levantamento realizado pela Pipo Saúde com quase 10 mil colaboradores (9.691) – no período de janeiro a dezembro do ano passado – , os indicadores relacionados à saúde mental tiveram uma ligeira piora de 2023 para 2024 – o problema é que ainda estão num patamar muito elevado. Quase 44% dos respondentes, ou seja, 4.338 colaboradores apresentaram risco de saúde mental, sendo que ⅓ desses têm intensidade alta ou moderada. No ano passado, em pesquisa realizada com 8.980 colaboradores, esse número era de 48%, com a mesma proporção de casos moderados e graves. A pesquisa foi realizada com funcionários de empresas de grande porte, com perfis diferenciados, de segmentos como tecnologia, varejo e bens de consumo.
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Já sobre o cuidado dos colaboradores com o corpo, é possível ver uma melhora significativa: o número de sedentários caiu de 5.459 para 3.648 – uma queda de mais de 20%. O levantamento anterior mostrou que 60% não praticavam qualquer atividade física ou praticavam menos de três vezes por semana. Agora esse número caiu para 38%. Segundo a OMS, adultos devem fazer atividade física moderada de 150 a 300 minutos ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa.
“Nos últimos anos vimos um aumento significativo das empresas na oferta de benefícios para o estímulo a atividades físicas dos colaboradores. Nosso levantamento indica que, de fato, isso está se refletindo na realidade das empresas”, comenta Arthur Geise, Diretor Médico da Pipo Saúde. “Nossos dados mostram que em empresas que têm benefícios relacionados ao exercício físico, existe uma proporção de 2,6 pessoas ativas para cada pessoa sedentária, enquanto em empresas sem benefícios essa proporção cai para 1,7. Isso mostra a potência que tem a cultura e a valorização da atividade física dentro do ambiente empresarial”.
Na “Pesquisa de Benefícios de Saúde e Bem-Estar 2024”, realizada pelo terceiro ano seguido pela Pipo Saúde, com 536 empresas de 17 segmentos, 56% oferecem o benefício de bem-estar físico. E das empresas que não oferecem, 15% responderam que têm interesse em oferecer o benefício neste ano. Em outra pesquisa, realizada com colaboradores, de julho a agosto de 2024, 89% dos três mil respondentes disseram que acreditam que o benefício de bem-estar físico incentiva a prática regular de atividade física.
Mas, mesmo praticando mais atividade física, o levantamento mostra que o brasileiro ainda enfrenta dificuldades na perda de peso: apenas 36% estão em dia com a balança. Avaliando o Índice de Massa Corpórea (IMC) desses colaboradores – índice que verifica o estado nutricional de uma pessoa com relação ao seu peso e estatura – descobriu-se que mais de 26% são considerados obesos – no ano anterior o índice era de 24%. Se incluirmos a faixa de sobrepeso, esse número pula de 57% para 62%.
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“O aumento de peso tem múltiplos fatores e, na correria do dia a dia, o autocuidado acaba ficando de lado. Sem uma saúde mental adequada, alimentação saudável e rotina de atividades físicas, é muito difícil manter o peso sob controle”, opina Arthur. “Mas acho muito importante comemorarmos o aumento da atividade física entre os colaboradores. Há estudos que preveem diminuição importante no custo total de saúde com a saída do sedentarismo, independente do IMC. Além disso, é importante mostrar o quanto o foco e a valorização do autocuidado dentro das empresas podem influenciar o estilo de vida das pessoas.”
Já em relação ao risco de insônia o número se manteve muito próximo indo de 44% para 45%.