O IML colombiano já finalizou o reconhecimento de todos os 71 corpos das vítimas do acidente com o avião da Chapecoense. Até a manhã desta quinta-feira, 15 já tinham sido liberados. Os números foram divulgados pelo Ministério de Relações Exteriores e confirmados posteriormente pela prefeitura de Chapecó e pelo serviço funerário.
Dos liberados, dez são brasileiros, quatro bolivianos e um venezuelano. Segundo o diretor jurídico da Chapecoense, Marcelo Zolet, se tudo correr dentro do previsto, todos os corpos devem ser liberados até as 14h (horário de Brasília) desta quinta. Dessa forma, eles devem chegar a Chapecó por volta das 12h desta sexta. O velório coletivo deve ter 51 corpos.
“Temos dez corpos de brasileiros prontos. Estamos fazendo todo o esforço humanamente possível para liberar todos os corpos hoje. O plano a é que todos sejam liberados até às 22h. Eu acho difícil. O plano b é que todos sejam liberados até às 8h de amanhã”, afirmou Jorge Escobar, representante das funerárias que estão trabalhando em conjunto com o IML da Colômbia, ao UOL Esporte.
De acordo com a assessoria do Ministério de Relações Exteriores, os legistas trabalharam durante toda a madrugada, em uma força-tarefa, a fim de agilizar o processo de reconhecimento e liberação dos corpos. No total, 12 equipes participaram do trabalho.
Três aviões da FAB, que já estão em Medellín, farão o translado dos corpos. A expectativa é que o velório coletivo aconteça nesta sexta-feira (02), na Arena Condá, em Chapecó.
O Itamaraty diz que ainda não está definido como seria feito o transporte, já que as aeronaves da FAB comportam levar apenas 22 corpos por vez. A decisão sobre o transporte das vítimas será tomada à medida da progressão do trabalho das funerárias.
A Chapecoense, a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal, a Prefeitura de Chapecó e o Governo de Santa Catarina fizeram uma simulação nesta quarta-feira. São esperadas 100 mil pessoas no estádio para prestar a última homenagem aos atletas, dirigentes, membros da comissão técnica e jornalistas vítimas na tragédia.
A ideia do clube catarinense é que todos sejam primeiramente velados no gramado e, em seguida, liberados para que sejam enterrados em suas respectivas cidades de origem.