Foto: Patrycja Chociej/Unsplash
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Com informações do Correio Braziliense

Máximo Napa, um pescador peruano de 61 anos, recebeu alta médica no último sábado (15) após passar 95 dias à deriva no mar. Resgatado no dia 11 de março pelo navio equatoriano Don F e pela patrulha marítima peruana B.A.P. Rio Piura, ele sobreviveu comendo baratas, pássaros e até uma tartaruga. O caso foi divulgado pela Marinha do Peru, que acompanhou o resgate e o estado de saúde do pescador.

Napa havia partido do porto de San Juan de Marcona, em Ica, no dia 7 de dezembro do ano passado, mas condições climáticas adversas fizeram com que sua embarcação perdesse o rumo e ficasse à deriva. O resgate ocorreu próximo ao Porto de Chimbote, no norte do Peru. “O senhor Napa chegou em boas condições físicas. Ele conseguia andar e tomar banho sozinho. Obviamente que estava em choque pelas circunstâncias, mas em bom estado físico”, afirmou Jorge González, capitão do porto da Marinha peruana.

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Sobrevivência e reencontro emocionante

Durante os quase três meses perdido no mar, Napa manteve a esperança de reencontrar a família. “Não queria morrer por minha mãe. Tenho uma neta de dois meses. Todos os dias eu pensava nela”, relatou o pescador, emocionado, após o resgate. Ele foi atendido no hospital Nossa Senhora das Mercedes de Paita e, após receber alta, foi transportado para Lima, onde se reencontrou com a família.

A filha de Napa, Inés, expressou alívio e gratidão pelo resgate do pai. “É um milagre que o meu pai tenha sido encontrado. Nós, como família, nunca perdemos esperança de encontrá-lo”, disse ela à emissora RPP. O reencontro emocionante ocorreu no aeroporto Jorge Chávez, em Lima, onde Napa, vestindo um calção curto, camiseta e boné, abraçou a filha e declarou: “Graças a Deus. A única coisa que eu quero é abraçar a minha mãe”.

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Dificuldades no resgate e planos para o futuro

A Marinha peruana destacou que a falta de uma radiobaliza — dispositivo que emite sinais de rádio para indicar a localização da embarcação — dificultou os esforços de busca. Apesar das adversidades, Napa conseguiu sobreviver com recursos limitados e demonstrou resiliência extrema.

Mesmo após a experiência traumática, o pescador afirmou que deseja retornar ao mar. Ele compartilhou detalhes de sua luta pela sobrevivência com o irmão, a quem contou sobre ter comido baratas, pássaros e uma tartaruga para se manter vivo. “Não queria morrer”, disse Napa, reforçando sua determinação em continuar vivendo.