Concessão de bolsas de medicina na Aeset é motivo de denúncia em ST

Foto arquivo Farol

“Hoje a Aeset é uma máquina de fazer dinheiro.”

Revelando que essa frase teria partido de um dos diretores da Aeset (Autarquia Educacional de Serra Talhada), o vereador André Maio afirmou que ainda está aguardando dos diretores do centro de ensino, os irmãos Damião e Cosme Medeiros, a resposta de um pedido de informações sobre o funcionamento interno da instituição.

Em entrevista ao Programa do Farol no Youtube, Maio afirmou que recebeu recentemente denúncias graves dando conta de um possível favorecimento de pessoas que seriam ligadas à prefeita Márcia Conrado (PT) na aquisição de bolsas de estudos para o recém inaugurado curso de medicina, o qual tem cobrado mensalidades de quase R$ 9 mil.

“Têm situações lá (da Aeset) que são muitas denúncias graves, muita coisa grave lá dentro e hoje a Aeset é uma máquina de fazer dinheiro como o próprio Damião (diretor) disse isso lá na Câmara de Vereadores em reunião com vereadores. Ele disse que a partir do curso de medicina começar a moer vai ser uma máquina de fazer dinheiro, porque o curso de medicina é caríssimo”, frisou Maio.

“A mensalidade eu creio é que mais de R$ 8 mil, são quase R$ 9 mil por mês, então você soma a quantidade de aluno que tem, o dinheiro que entra, os professores quanto ganham, queremos saber tudo, entrada e saída, fluxo de caixa, extratos bancários, saber empresas que estão contratadas, saber a parceria que tem com a Unifis, que é uma empresa privada, saber dos laboratórios, então são muitas informações que eu tenho certeza que eles não têm nada a esconder e vão prestar essas informações item por item, do 1 ao 22”.

CONCESSÃO DE BOLSAS

“São 22 itens que a gente solicita as informações claras. Entre eles, está a questão da bolsa da faculdade de medicina. Têm pessoas com condições que estão recebendo bolsas para cursar, inclusive muitos parentes ligados à prefeita (Márcia). A denúncia que a gente recebeu é sobre isso”, revelou o vereador, mostrando cautela:

“A gente não quer fazer pré-julgamento, vamos saber quando as informações chegarem para a gente e creio que as informações chegar como pedimos, caso não forneçam como solicitamos a gente vai no Ministério Público para receber essas informações concretas e satisfatórias”. A direção da Aeset tem 30 dias para fornecer as informações ao vereador André Maio.