Com informações da CNN Brasil
A farmacêutica brasileira EMS anunciou o lançamento de dois novos medicamentos: Olire, para tratamento de obesidade, e Lirux, indicado para diabetes tipo 2. As canetas injetáveis, produzidas no Brasil, chegarão às farmácias em agosto de 2024 e serão concorrentes diretos de medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro.
Ambos os fármacos são à base de liraglutida, mesmo princípio ativo de Saxenda e Victoza (Novo Nordisk), cuja patente expirou este ano no país. A substância é um análogo do GLP-1, hormônio que regula o apetite e o açúcar no sangue, promovendo saciedade e melhorando a produção de insulina.
Receba as manchetes do Farol de Notícias em primeira mão pelo WhatsApp (clique aqui)
Diferentemente dos genéricos, Olire e Lirux foram desenvolvidos com tecnologia própria pela EMS. “São medicamentos produzidos com síntese química de peptídeos, seguindo padrões internacionais de pureza, que permitem até mesmo o desenvolvimento de futuras gerações de hormônios peptídicos”, explica Iran Gonçalves Jr., diretor médico da empresa.
Como funcionam?
Assim como outros análogos de GLP-1, os remédios são aplicados por injeção subcutânea diária (diferente da semaglutida, usada semanalmente no Ozempic). As dosagens variam:
Lirux (diabetes): até 1,8 mg/dia, em embalagens com 1 a 10 canetas.
Olire (obesidade): até 3 mg/dia, com opções de 1, 3 ou 5 canetas.
Eficácia e Indicações
Estudos clínicos indicam que o Olire pode reduzir 8% a 10% do peso em 6 meses a 1 ano, mas a resposta varia entre pacientes. Ele é indicado para obesidade (IMC ≥ 27) associada a comorbidades, como diabetes e hipertensão. Já o Lirux é aprovado para diabetes tipo 2 em adultos e crianças acima de 10 anos quando dieta e exercícios não controlam a glicemia.
“A liraglutida tem potência menor que a semaglutida (Ozempic), mas ainda é eficaz para muitos pacientes”, afirma Marcio Krakauer, endocrinologista da G7med.
Os principais fatos de Serra Talhada e região no Farol de Notícias pelo Instagram (clique aqui)
Preço e produção
A EMS planeja distribuir 200 mil canetas no lançamento e 500 mil em 12 meses. Os preços serão 10% a 20% mais baixos que os concorrentes. A empresa também prepara o lançamento da semaglutida em 2026, quando a patente do princípio ativo vencer no Brasil.
