Coren PE emite nota de repúdio contra Manoel 'Enfermeiro'

O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) emitiu uma nota oficial manifestando repúdio às declarações do presidente da Câmara Municipal de Serra Talhada, vereador Manoel “Enfermeiro”, feitas durante sessão ordinária no dia 5 de agosto.

Segundo o órgão, o parlamentar desqualificou a gestão do Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam) quando conduzida por profissionais de enfermagem e fez comentários considerados desrespeitosos à nova diretora da unidade, enfermeira Ákila Monike, que possui sólida formação acadêmica e especializações na área da saúde.

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De acordo com o Coren-PE, o vereador se referiu à gestora como “essa menina” e afirmou que “médico só quem resolve a vida do povo de Serra Talhada”, declarações classificadas como preconceituosas, discriminatórias e carregadas de misoginia.

A entidade destacou que as falas negam a competência e a legitimidade dos profissionais de enfermagem para exercer cargos de direção, afrontando princípios do respeito institucional, da multiprofissionalidade e da ciência baseada em evidências.

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Leia a nota na íntegra:

Nota Oficial à Imprensa e à Sociedade – Coren-PE

Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco

O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) manifesta seu mais veemente repúdio às declarações do presidente da Câmara Municipal de Serra Talhada, o vereador Manoel “Enfermeiro”, proferidas em sessão ordinária no dia 5 de agosto.

Na ocasião, o parlamentar desqualificou a gestão do Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (HOSPAM) quando conduzida por profissionais de Enfermagem e se referiu de forma desrespeitosa à nova diretora, enfermeira Draª Ákila Monike, profissional com sólida formação acadêmica e especializações em gestão de saúde, ergonomia psicossocial e auditoria de serviços.

Ao chamá-la de “essa menina” e afirmar que “médico só quem resolve a vida do povo de Serra Talhada”, o vereador reproduziu falas preconceituosas, discriminatórias e carregadas de misoginia, negando a competência e a legitimidade da Enfermagem para exercer funções de direção.

Tais declarações afrontam os princípios do respeito institucional, da multiprofissionalidade e da ciência baseada em evidências, além de propagar desinformação sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). A gestão de serviços de saúde é uma atividade complexa e multiprofissional, e a Enfermagem, conforme assegura a Resolução COFEN nº 564/2017: “possui direito de exercer cargos de direção, gestão e coordenação, no âmbito da saúde ou de qualquer área direta ou indiretamente relacionada ao exercício profissional da Enfermagem.”

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