Na sessão da manhã desta sexta-feira (11), após a fala de um dos membros do grêmios estudantis do DF, o deputado avisou que se alguém gritasse ou ofendesse algum dos adolescentes que estavam na tribuna, iria conduzir as pessoas para a delegacia. Minutos antes, um dos comentários do chat afirmou que, por ser assumidamente gay o parlamentar, “não tem nem testosterona para gerar filhos”.
A mesma pessoa, identificada apenas como Eduardo, voltou aos ataques em seguida. “Vamos começar a cobrar passaporte sanitário contra DSTs”. Durante o debate, um dos comentários afirmava que o mandato do deputado “tá com o pé na cova”, seguido de emojis de caveira.
Apesar desses e de outros comentários terem sido apagados pelos autores, dois deles serão encaminhados para a investigação à Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin).
“Queria lamentar e repudiar a série de agressões que recebi no chat do YouTube, inclusive nas galerias da Câmara Legislativa. Não só agressões verbais, mas racismo, homofobia, ameaça, falando da minha casa e que irão descobrir onde eu moro. Não é tolerável no ponto de vista da democracia, no contexto em que vivemos, que as pessoas não saibam fazer um debate público de uma maneira correta e, por isso, tenham que ofender as outras pessoas”, afirmou o deputado, ao Correio.
Investigação
Em nota, a Câmara Legislativa do Distrito Federal afirmou que repudia veementemente os ataques homotransfóbicos e racistas que aconteceram na audiência de hoje, contra o deputado e outros participantes. A Casa ainda afirmou que, “por meio da Polícia Legislativa e a Decrin vão investigar os agressores e responsabilizá-los”.
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