Dinheiro é principal causa de conflitos entre casais nordestinos, revela Serasa - Foto: Vera Arsic/Pexels
Foto: Vera Arsic/Pexels

O dinheiro pode ser um assunto delicado na vida de dois. Os dados, extraídos de entrevistas com 1.120 pessoas de todas as regiões do Nordeste, trazem informações surpreendentes e preocupantes, como o índice de 49% de entrevistados que atribuem ao dinheiro a principal causa de fricções em relacionamentos amorosos.

O levantamento, porém, indica um esforço mútuo para manter o diálogo financeiro em dia: 68% afirmam abertamente sobre o tema com o parceiro e 63% organizam o planejamento financeiro em conjunto – uma prática que fortalece a relação e facilita o controle das finanças do casal.

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Dinheiro, dinheiro, amor à parte?

Produzido pelo Instituto Opinion Box, o levantamento mostra também que mais da metade dos entrevistados (51%) já escondeu algum problema financeiro do parceiro. Tomar decisões financeiras por impulso (32%), falta de algum planejamento (31%) e gastos excessivos com itens supérfluos (29%) são as atitudes que mais geram conflitos.

“Infelizmente, muitos casais acabam caindo nessa situação de infidelidade financeira, por vergonha de assumir suas dificuldades em lidar com o dinheiro ou pelo próprio medo de perder o parceiro”, explica Valéria Meirelles, psicóloga do dinheiro da Serasa. “Entretanto, a realidade das finanças de cada um e as expectativas para o futuro precisam estar alinhadas, para evitar conflitos e facilitar o bem-estar do casal ao construir planos para o futuro”.

O assunto dinheiro também já é uma preocupação no início do relacionamento – ou, em muitos casos, antes mesmo de evoluir para um compromisso sério: 24% dos entrevistados presumiram já ter investigado a situação financeira de alguém antes de se envolver romanticamente e 10% revelaram ter consultado o Serasa Score e o CPF do possível futuro parceiro.

“Dinheiro é coisa séria, pede ética, planejamento e cuidado. Por isso, é preciso ter maturidade e responsabilidade financeira também ao se relacionar com o outro”, orienta Valéria. “Conhecer o estilo de vida, os gostos e os gastos da pessoa amada é um passo importante para entender se existe essa compatibilidade também nas finanças”.

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Amor com dívida não se paga

O impacto financeiro de um relacionamento pode perdurar mesmo após o fim. Segundo uma pesquisa, 49% dos nordestinos já tiveram o nome negativado por conta de um parceiro, enquanto 46% afirmam ter dívidas contraídas após o término de uma relação.

“Normalmente, ao emprestar um cartão ou fazer um empréstimo para o outro, a pessoa se deixa levar por uma ilusão ou por um excesso de otimismo desse mito do amor romântico. Tomar decisões impulsivas, sem planejamento, podem causas prejudicadas, que ultrapassam qualquer linha de romantismo”, alerta a psicóloga.