Dinossauro inédito de 100 milhões de anos é descoberto no Maranhão - Imagem: Giovani de Toledo Viecili / Reprodução
Dinossauro inédito de 100 milhões de anos é descoberto no Maranhão – Imagem: Giovani de Toledo Viecili / Reprodução

Com informações do Olhar Digital

Uma descoberta científica notável foi feita em Davinópolis, no sudoeste do Maranhão, onde fósseis de uma nova espécie de dinossauro, datada de aproximadamente 100 milhões de anos, foram encontrados.

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O achado ocorreu durante uma escavação em abril de 2021 e já é considerado um marco na paleontologia brasileira. Os fósseis pertencem a um saurópode, especificamente um titanossauro herbívoro, caracterizado por seu longo pescoço, cabeça pequena e grande porte, com estimativas de que o dinossauro atingia cerca de 18 metros de comprimento.

A pesquisa, liderada pelo paleontólogo Elver Luiz Mayer, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), revelou que se trata de uma espécie ainda não catalogada pela ciência. Mayer comentou que, embora haja similaridades com outra espécie encontrada fora do Brasil, os resultados finais da pesquisa só devem ser divulgados em 2025.

A análise dos fósseis está focada na anatomia microscópica, visando entender o metabolismo, o crescimento do animal e as condições que permitiram a preservação dos restos fósseis. “Estamos avançando nas análises para responder questões sobre o crescimento e as circunstâncias que possibilitaram a fossilização”, afirmou Mayer.

Imagem: Divulgação/Brado
Imagem: Divulgação/Brado

A descoberta ocorreu durante a construção de uma ferrovia, quando trabalhadores se depararam com uma impressionante concentração de ossos. Entre os itens coletados, estavam um fêmur de mais de 1,5 metro, além de patas, costelas e vértebras.

Mayer observou que, embora não seja possível afirmar que todos os fósseis pertençam ao mesmo animal, a falta de peças duplicadas sugere essa possibilidade. Após a coleta, os fósseis foram enviados para a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Univesspa) para análises detalhadas.

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Os próximos passos incluem a devolução dos fósseis ao Maranhão após a conclusão dos estudos, com planos de exibi-los no Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia, em São Luís. A expectativa é que essa descoberta enriqueça o entendimento sobre a evolução dos saurópodes tanto no Brasil quanto globalmente.