Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em oito meses - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Com informações da Agência Brasil

O conflito no Oriente Médio não abalou o mercado financeiro. Em um dia marcado por tranquilidade nos cenários internacional e doméstico, o mercado financeiro brasileiro registrou movimentos positivos nesta segunda-feira (16). O dólar comercial fechou abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em oito meses, enquanto a bolsa de valores subiu quase 1,5%, aproximando-se dos 140 mil pontos.

A moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 5,486, com queda de 1,03% (R$ 0,057). A desvalorização se acentuou após a abertura dos mercados nos Estados Unidos, levando o dólar ao menor patamar desde 7 de outubro de 2024, quando também foi negociado a R$ 5,48. Apenas em junho, a divisa acumula recuo de 4,08%, e no ano, a queda chega a 11,23%.

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No mercado acionário, o Ibovespa encerrou a sessão em alta de 1,49%, atingindo 139.256 pontos – o maior nível desde 27 de maio. O desempenho foi impulsionado por ações de mineradoras, beneficiadas pela valorização das commodities no mercado internacional, e por papéis de empresas do setor de consumo.

Fatores externos e internos impulsionam otimismo

No cenário global, a possibilidade de um acordo de trégua entre Irã e Israel acalmou os investidores, reduzindo temores de uma escalada do conflito no Oriente Médio. Além disso, indicadores econômicos positivos da China contribuíram para o clima favorável. Dados acima do esperado na indústria e no varejo do país asiático – maior consumidor mundial de matérias-primas – reforçaram as expectativas de demanda por commodities, beneficiando economias exportadoras como a do Brasil.

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No plano interno, as atenções se voltaram para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Com a desaceleração da inflação em maio, crescem as apostas de que o Banco Central manterá a taxa Selic em 14,75% ao ano até o final de 2025. Juros estáveis em patamares menos elevados do que o previsto anteriormente tendem a favorecer a bolsa de valores, incentivando a migração de investimentos para o mercado acionário.