Edmar Júnior, abriu o jogo sobre a ‘novela do Fundeb’ que se arrasta em polêmicas e contradições em Serra Talhada. Segundo o secretário de Educação municipal, todo o valor dos R$ 9 milhões retornou para as contas em dezembro de 2024, mas não havia compromisso com rateio para os servidores.
A declaração foi veiculada na tarde desta segunda-feira (17) durante entrevista que Edmar concedeu ao Programa Falando Francamente, na TV Farol de Notícias no Youtube.
Em uma conversa esclarecedora com o apresentador Giovanni Sá, o professor falou sobre as principais ações da pasta e polêmicas de sua gestão.
De acordo com o secretário, do montante que as contas do Fundeb de 2024 em Serra Talhada recebeu do governo federal, a gestão utilizou cerca de 78% dos valores em pagamentos dos professores. E fechou o ano passado sem débitos.
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“Naquele momento, salvo engano, no mês de agosto, houve a devolução de uma primeira parte. E sempre que podia ser feito, era feito em partes menores. Mas no mês de dezembro [2024] se completou com duas devoluções mais robustas o valor dos R$ 9 milhões. O que foi atestado ao conselho foi a comprovação dos extratos das contas, a gente estava comprovando que realmente houve o extorno do dinheiro. Eu posso estar enganado, mas se criou uma expectativa que esse dinheiro ficaria na conta para fazer um rateio”, afirmou Bezerra, continuando:
“O pessoal fala muito nisso, e de certa forma não tinha esse compromisso. Estava lá para fazer os pagamentos de contas. Quando se devolveu a primeira parcela a gente aplicou em pagamento de salários dos servidores e pagamentos gerais. O dinheiro estava na conta, devolveu o dinheiro e devolveu a conta do Fundeb. Então 70% vai gastar com folha e a outra parte com despesas gerais. Os R$ 9 milhões retornou, mas ele foi utilizado para fazer pagamentos. Se há a esperança de rateio, não foi dada pela educação, não foi dada pela gestão municipal”.
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RESPONDENDO AO CONSELHO DO FUNDEB
Na oportunidade, o secretário também comentou sobre o ‘disse me disse’ com o Conselho do Fundeb que de acordo com a Prefeitura de Serra Talhada atestou a aplicação correta dos R$ 9 milhões [relembre]. Mas em seguida, a presidente da entidade, emitiu uma nota ao Farol rebatendo a matéria [leia a nota aqui].
“Em relação a nota é de responsabilidade do conselho. O conselho apreciou a aprovação da devolução dos R$ 9 milhões. Agora neste mês de março aprecia a questão da contabilidade geral, ano 2024 por inteiro. O escritório de contabilidade fecha, de certa forma o conselho tem acesso a esses dados. Não existe o ‘prego batido e ponta virada’. O Naap, que é o escritório de contabilidade, vai apresentar na reunião o que for necessário para o conselho. Os conselheiros vão apreciar, e de certa vão dar o parecer, positivo ou que não aprova”, esclareceu Edmar, finalizando:
“Em relação a pessoa da presidente, uma pessoa competente, muito firme nas decisões dela. Mas eu até digo sempre, quando for tomar as decisões, tome junto com o conselho para não ficar sozinha. Porque, de certa forma, ela ficou sozinha na mídia. Praticamente só o nome dela na berlinda, mas assim, o ideal é que o conselho seja um conjunto. Ela é a presidente, mas nós temos, salvo engano, 10 conselheiros. Que ela esteja junto com os conselheiros, até para fortalecer as decisões dela”.
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