Eficiência de intervenção no Rio é colocada em xequeDa Folha de PE

Os tiros que tiraram as vidas da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, na última quarta-feira (14), na Zona Norte do Rio de Janeiro, ecoaram em forma de grito por Justiça nas mais de 20 manifestações realizadas na última quinta-feira (15) no país.

Foram realizados atos também em Buenos Aires, Montevidéu, Lisboa, Berlim, Londres, Amsterdã e Nova York. Os estilhaços atingiram a intervenção federal no Rio de Janeiro, que completa um mês nesta sexta-feira (16). A repercussão nacional e internacional aumentou a pressão sobre os interventores e encurralou os militares do Exército responsáveis pela medida. O governo quer resultado.

Em entrevista no Rio, o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que vai acompanhar pessoalmente as investigações e que os responsáveis pelo crime “bárbaro” serão encontrados e punidos a qualquer custo.

Para Keka Bagno, do Diretório Nacional do PSOL, a morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes está relacionada à disputa entre milícias e a intervenção federal e teria sido uma execução. A dirigente afirma que o partido quer a participação dos governos do Rio de Janeiro e federal para que haja respostas efetivas sobre o crime, que segundo ela, teve conotação política

“Marielle mexeu nas estruturas. Este foi um recado para que as mulheres negras deem passos atrás. Mas a gente vai se organizar mais, inclusive para disputar eleições e mostrar que este espaço é nosso por direito”, disse.