Eliseu Padilha diz que prioridade do governo é reforma da PrevidênciaLeia mais na Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quarta-feira (6) que daqui para frente a prioridade do governo no Congresso é a reforma da Previdência: “Se nós não fizermos a reforma da Previdência, no ano que vem, o deficit previsto é de R$285 bilhões. João, José, Maria terão que pagar essa conta que tende a crescer. Se até 2024 não for feita a reforma da Previdência, todo Orçamento da União vai ser [exclusivamente] para folha de pagamento, Previdência Social, saúde e educação”, alertou.

Padilha, que esteve hoje na Câmara para participar da filiação do senador Fernando Bezerra Coelho ao PMDB, acredita que a votação da reforma política será concluída até a próxima semana na Câmara e os deputados estarão, então, livres para recomeçar o debate sobre a reforma da Previdência. Sem consenso entre os parlamentares, o assunto não avançou este ano.

Sobre a expectativa para o número de votos que o governo deverá conseguir para aprovar a proposta, o ministro disse que essa contabilidade só será feita quando a Câmara tiver em condições de votar a matéria. “Agora é hora de voltar ao debate, esclarecer todos os pontos que sejam omissos ou de necessária elucidação para que cada um deles [deputados] possa corresponder a essa expectativa [de votação]”, explicou Padilha.

Na avaliação do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-PE), a votação da reforma da Previdência este ano não é questão de ambiente político e nem de tempo, mas de necessidade. “Temos a imperiosa necessidade de ajustar a Previdência Social, não é para o governo Michel Temer é para os próximos presidentes. As contas públicas a partir do próximo governo ficarão inviáveis. O governo não faz uma reforma para ele. Faz para os aposentados, para garantir o pagamento das aposentadorias futuras, faz para acabar com privilégios de servidores públicos, faz para dar previsibilidade à economia e dar lastro, poder ao país para gerir suas contas”, disse.