
Adelmo Santos, poeta e escritor, ex-presidente da Academia Serra-talhadense de Letras
Para falar do Estádio Pereirão, não há ninguém como eu. Eu ainda era garoto quando o Estádio nasceu.
Levava a vida sonhando quando ficasse rapaz, além de ser jogador, eu queria muito mais.
O Estádio Pereirão me deu muitas alegrias, eu passei muitas emoções.
Eu joguei na ponta-direita, fugindo da marcação.
Muitas vezes eu não tinha grana para comprar as chuteiras, e joguei com um tênis bamba no início da carreira, driblando os adversários e os escorregões na grama.
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Eu e o Estádio Pereirão temos uma história bacana. Eu saí do poeirão e depositei meus sonhos, quando eu pisei na grama.
Hoje, depois de tantos anos, quando eu vejo o Estádio Pereirão, eu fico emocionado.
Eu relembro a nossa história, em cada canto do estádio.
Eu estava ali pensando, no que seria de mim, quando se passassem os anos.
Como seria a minha carreira, que só estava começando.
No Estádio Pereirão eu ganhei jogos e perdi, eu acabei indo embora, eu deixei Serra Talhada e passei muitos anos fora.
Mas eu nunca esqueci, estou relembrando agora, as emoções que eu senti desde quando era garoto escrevendo uma linda história.
Quando eu vejo o Pereirão como ele está agora. Sem futebol, abandonado, eu lembro a primeira vez quando eu pisei no gramado e o meu coração chora triste, e decepcionado.
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