Em 2025, o Brasil deverá registrar 73.610 novos casos de câncer de mama

Com o aumento da incidência de câncer de mama no Brasil, a procura por mastectomia preventiva tem crescido nos últimos anos, especialmente entre mulheres com histórico familiar da doença ou que carregam mutações genéticas, como os genes BRCA1 e BRCA2, que são desenvolvidos ao desenvolvimento do câncer. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que até o final de 2025, 73.610 novos casos de câncer de mama sejam divulgados no país , o que coloca a doença como a principal causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras.

Diante dessa realidade, muitas mulheres estão optando pela mastectomia como uma estratégia para reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença. Segundo o Dr. Washington Lima, diretor técnico do CRMA e especialista em microcirurgia reconstrutiva, “a mastectomia preventiva pode reduzir em até 90% o risco de câncer de mama em mulheres com alto risco genético. Contudo, essa decisão não deve ser tomada de forma impulsiva, é essencial que um paciente passe por um aconselhamento genético e tenha apoio psicológico durante todo o processo de decisão, já que a remoção das mamas pode ter um grande impacto emocional e físico.”

Após uma mastectomia profilática, muitas mulheres optam pela proteção mamária, um procedimento que visa restaurar a aparência das mamas removidas. Por isso, técnicas como os retalhos DIEP, que utilizam gordura e pele do próprio corpo do paciente, se destacam por oferecer resultados naturais, proporcionando não só uma melhoria estética, mas também um impacto positivo na autoestima e no bem-estar emocional das mulheres.

“Com as técnicas avançadas de cobertura mamária, como resultados o retalhos DIEP, conseguimos estéticos naturais, conforto ao paciente não apenas a restauração da forma, mas também uma recuperação da sensibilidade da mama. Os retalhos DIEP utilizam apenas tecido autólogo – gordura e pele do próprio abdômen do paciente – o que significa que a mulher não precisa de implantes e ainda preserva a função muscular do abdômen” , afirma o Dr. Washington.

Embora a mastectomia preventiva seja uma opção válida para mulheres com alto risco de câncer de mama, vários médicos ressaltam que a prevenção da doença deve ser baseada em uma abordagem multifacetada. A realização de exames regulares de rastreamento, como a mamografia, além de uma mudança no estilo de vida com a adoção de hábitos saudáveis, continua sendo essencial para detectar a doença em estágios iniciais e aumentar as chances de sucesso no tratamento.