
Dinalva Lima Pereira é presidente do Sindupron
O Sindicato dos Profissionais do Magistério das Redes Municipais de Ensino (Sinduprom) vem a público manifestar sua profunda indignação e pesar diante do trágico episódio ocorrido na Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco, onde a aluna Alícia Valentina, de apenas 11 anos, perdeu a vida após ser brutalmente agredida dentro do espaço escolar.
Esse caso evidencia, de forma dolorosa, a falta de segurança que atinge não apenas os estudantes, mas também os profissionais da educação. Diretores, vice-diretores, professores e funcionários são diariamente expostos a situações de violência, intimidação e ausência de condições adequadas para garantir a integridade física e emocional de todos.
Não é possível aceitar que, em pleno século XXI, as escolas continuem sendo espaços marcados pela vulnerabilidade, sem a presença de profissionais de apoio (psicólogos, inspetores, mediadores), sem infraestrutura mínima de vigilância, e com a responsabilidade injustamente concentrada apenas sobre os trabalhadores da educação.
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PROTEÇÃO AOS ALUNOS E EDUCADORES
Reafirmamos que a proteção dos alunos e dos profissionais é um dever do Estado. A escola sozinha não consegue conter a escalada de violência que se alastra pela sociedade. É dever da Prefeitura, do Governo do Estado e das demais instâncias públicas implementar políticas eficazes de prevenção à violência, assegurando condições de trabalho e estudo seguras.
O Sindicato repudia qualquer tentativa de criminalizar ou responsabilizar individualmente os profissionais da escola por falhas que são, na verdade, fruto de uma omissão estrutural e institucional. Ao mesmo tempo, exigimos:
A imediata apuração das responsabilidades das autoridades competentes;
A criação de um plano de segurança escolar que envolva toda a rede de proteção social;
O fortalecimento de políticas públicas que garantam apoio psicológico e social às famílias e profissionais da educação.
Nos solidarizamos com a dor da família da estudante Alícia Valentina e reafirmamos nosso compromisso de lutar por uma educação pública segura, valorizada e humanizada.
Porque educadores não podem ser reféns da insegurança, e nossas escolas precisam voltar a ser espaços de acolhimento, paz e aprendizado.