Embaixada: Mulher tomou veneno de barata por não suportar humilhações

Do Metrópoles

Após vivenciar supostas condições abusivas de trabalho por parte de uma representante da Embaixada do Zimbábue no Brasil, uma funcionária estrangeira tomou veneno para cometer suicídio.

A vítima passou mal, foi socorrida por um motorista de aplicativo e acabou levada ao hospital. Com os relatos de assédio, a Justiça do Distrito Federal acatou um pedido de medida protetiva de urgência contra a profissional diplomática.

Segundo o testemunho, a vítima foi contratada inicialmente como cozinheira, mas passou a prestar serviços íntimos a outra mulher, incluindo massagens nos seios e auxílio em banhos. A jovem também relatou restrições de liberdade e controle de alimentação.

O que se sabe sobre o caso

Uma medida protetiva foi concedida contra representante da Embaixada do Zimbábue por supostas condições abusivas de trabalho contra uma funcionária.

A decisão proíbe a representante de se aproximar da vítima a menos de 300 metros e de manter contato, sob pena de prisão preventiva. O caso é investigado e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) foi acionado.

A vítima, contratada como cozinheira, relata que precisou fazer massagens em partes íntimas, restrição de liberdade, controle de alimentação e retenção de documentos.

De acordo com o relato da vítima, ela, inclusive, sofreu impedimentos quando quis ir ao hospital estando doente. Após as situações, tentou suicídio e foi socorrida.

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Embaixada: mulher tomou veneno de barata por não suportar humilhações

Com os relatos de humilhação, a Justiça do DF acatou pedido de medida protetiva de urgência contra representante da Embaixada do Zimbábue

Jonatas Martins

18/04/2025 20:38, atualizado 18/04/2025 20:38

 

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Reprodução/Google StreetView

Imagem colorida da Embaixada do Zimbábue no Brasil

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Após vivenciar supostas condições abusivas de trabalho por parte de uma representante da Embaixada do Zimbábue no Brasil, uma funcionária estrangeira tomou veneno para cometer suicídio. A vítima passou mal, foi socorrida por um motorista de aplicativo e acabou levada ao hospital. Com os relatos de assédio, a Justiça do Distrito Federal acatou um pedido de medida protetiva de urgência contra a profissional diplomática.

 

Segundo o testemunho, a vítima foi contratada inicialmente como cozinheira, mas passou a prestar serviços íntimos a outra mulher, incluindo massagens nos seios e auxílio em banhos. A jovem também relatou restrições de liberdade e controle de alimentação.

 

 

O que se sabe sobre o caso

Uma medida protetiva foi concedida contra representante da Embaixada do Zimbábue por supostas condições abusivas de trabalho contra uma funcionária.

A decisão proíbe a representante de se aproximar da vítima a menos de 300 metros e de manter contato, sob pena de prisão preventiva. O caso é investigado e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) foi acionado.

A vítima, contratada como cozinheira, relata que precisou fazer massagens em partes íntimas, restrição de liberdade, controle de alimentação e retenção de documentos.

De acordo com o relato da vítima, ela, inclusive, sofreu impedimentos quando quis ir ao hospital estando doente. Após as situações, tentou suicídio e foi socorrida.

Massagem nos seios e gritos por pedaço de pão

De acordo com o testemunho, a vítima foi contratada para cozinhar e limpar a casa do embaixador, mas que, na prática, passou a exercer a função de terapeuta e empregada para a conselheira da embaixada. No início, quando chegou sozinha ao Brasil, sua intenção não era trabalhar para os representantes do Zimbábue, mas aceitou o emprego posteriormente.

A agressora frequentemente a incomodaria, ligando insistentemente e exigindo que estivesse disponível a todo momento, não importando o horário. A empregada morava na casa da representante do consulado, no Lago Sul.

A representante solicitava sua ajuda para várias ações de higiene pessoal, incluindo massagens corporais, que, inicialmente, se restringiam às pernas. Nos últimos meses, teria passado a exigir que ela massageasse suas pernas, costas, seios e até áreas íntimas sob o pretexto de que tinha feridas, além de solicitar ajuda para tomar banho e aplicar talco em sua virilha.

Questionada sobre sua alimentação, a funcionária disse que, em tese, poderia se alimentar com a comida da casa. No entanto, certa vez, a outra mulher gritou com ela por ter pegado um pedaço de pão. Haveria uma fiscalização e controle da comida ingerida, gerando diversos constrangimentos.

Também afirmou que nunca ficou trancada dentro de casa, mas que, certa vez, dormiu nas escadas do jardim, aguardando o amanhecer. Seria impedida de sair livremente em algumas ocasiões. A funcionária chegou a ficar seriamente doente três vezes, segundo o relato, sem ter permissão para ir ao hospital.

Em um dos momentos em que acabou ficando após ter uma infecção dentária, só conseguiu ir ao centro médico após ser socorrida por outras pessoas vinculadas à embaixada.

No dia 9 de abril, após as ações de assédio, a vítima ingeriu veneno e tinha como objetivo tirar a própria vida. Ela passou mal, vomitou, foi socorrida por um motorista de aplicativo e acabou levada ao hospital pelo homem.

A mulher acredita que, diante do episódio, sua chefe teria sido forçada a registrar seu desaparecimento na delegacia. Por fim, indicou que a representante diplomática está de posse de seu passaporte, carteira de identidade, cartão de febre amarela e demais comprovantes de vacinação.

Medida protetiva

O 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Brasília acatou pedido de medida protetiva contra uma representante da Embaixada do Zimbábue no Brasil. A mulher ocupa um cargo descrito como ministra conselheira e foi denunciada por manter uma funcionária, que veio do país africano há cerca de três anos, em condições abusivas de trabalho e situações de assédio em uma residência oficial localizada no Lago Sul.