Estudo revela como alienígenas poderiam encontrar a Terra - Imagem: WikiImages/Pixabay
Imagem: WikiImages/Pixabay

Com informações do Correio Braziliense

Se existirem civilizações em outros planetas com tecnologia semelhante à nossa, elas seriam capazes de encontrar a Terra? Essa foi a pergunta que motivou um estudo liderado por pesquisadores do Instituto Seti, do projeto Characterizing Atmospheric Technosignatures e do Centro de Inteligência Extraterrestre da Penn State. A pesquisa, publicada no periódico científico Astronomical Journal, é a primeira a analisar em conjunto, e não separadamente, os diversos tipos de tecnoassinaturas terrestres — indícios de atividade tecnológica em corpos celestes no Universo.

Sofia Sheikh, pesquisadora do Seti e líder do estudo, explica que o trabalho usou o Seti como um “espelho cósmico” para refletir como a Terra é vista pelo resto da galáxia. “Pudemos usar o Seti como um espelho cósmico: qual o aspecto da Terra para o resto da galáxia? Como seriam percebidos os impactos atuais no nosso planeta?”, questiona Sheikh.

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Sinais detectáveis da Terra

O estudo revelou que os sinais de rádio, como as emissões do radar planetário do antigo Observatório de Arecibo, são os mais detectáveis da Terra. Esses sinais podem ser captados a até 12 mil anos-luz de distância. Já as tecnoassinaturas atmosféricas, como as emissões de dióxido de azoto, tornaram-se mais perceptíveis graças aos avanços tecnológicos, como o Telescópio Espacial James Webb e o futuro Observatório de Mundos Habitáveis (HWO). Civilizações com tecnologia semelhante à nossa poderiam detectar essas emissões a uma distância de 5,7 anos-luz.

À medida que nos aproximamos da Terra, outras assinaturas humanas tornam-se visíveis, como luzes de cidades, lasers, ilhas de calor e satélites. “O nosso objetivo com este projeto era trazer o Seti de volta ‘à Terra’ por um momento e pensar sobre onde estamos realmente hoje com as tecnoassinaturas e capacidades de detecção da Terra”, afirmou Macy Huston, coautora do estudo e pesquisadora do Departamento de Astronomia da Universidade da Califórnia, Berkeley.

Implicações para a busca por vida extraterrestre

De acordo com os cientistas, a análise oferece insights sobre como as tecnoassinaturas terrestres podem moldar a busca por vida inteligente além da Terra. Futuros telescópios e receptores poderão aumentar a sensibilidade de detecção ou permitir a identificação de novos tipos de marcas cósmicas, como outras assinaturas atmosféricas de poluição.

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A repetição desse tipo de estudo ao longo dos anos, à medida que a tecnologia astronômica avança e o impacto humano no planeta evolui, poderá fornecer novos conhecimentos e aprimorar a abordagem na descoberta de vida extraterrestre. “Este estudo nos ajuda a entender como nossa presença no Universo pode ser percebida por outras civilizações e como podemos melhorar nossa busca por elas”, conclui Sheikh.