Estudo aponta que Terra já rompeu 7 dos 9 limites planetários; entenda - Imagem: WikiImages/Pixabay
Imagem: WikiImages/Pixabay

Com informações da CNN Brasil

Um estudo atualizado divulgado pelo Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK) revelou que a humanidade já ultrapassou sete dos nove limites planetários que garantem as condições de segurança para a vida na Terra. Pela primeira vez, a acidificação dos oceanos, que no ano anterior estava classificada como “no limite”, passou à categoria de fronteira rompida.

Receba as manchetes do Farol de Notícias em primeira mão pelo canal no WhatsApp (clique aqui)

De acordo com a pesquisa, os sistemas que já saíram da zona segura incluem:

Continua depois da publicidade
  1. mudanças climáticas
  2. integridade da biodiversidade
  3. mudanças no uso da terra
  4. ciclo do nitrogênio e fósforo
  5. uso de água doce
  6. poluição química
  7. acidificação oceânica.

Apenas dois indicadores permanecem dentro dos limites considerados seguros: a carga de aerossóis (poluição do ar) e o estado da camada de ozônio estratosférico.

Johan Rockström, diretor do PIK, alertou: “Mais de três quartos dos sistemas de suporte da Terra não estão na zona de segurança. A humanidade está ultrapassando os limites de um espaço operacional seguro, aumentando o risco de desestabilização do planeta”. O relatório atribui a deterioração principalmente à queima de combustíveis fósseis, agravada pelo desmatamento e mudanças no uso do solo.

Dados preocupantes mostram que desde o início da era industrial, o pH da superfície oceânica caiu aproximadamente 0,1 unidade, representando um aumento de 30% a 40% na acidez, fator crítico para a vida marinha e ecossistemas costeiros.

Os principais fatos de Serra Talhada e região no Farol de Notícias pelo Instagram (clique aqui)

Apesar do cenário alarmante, Rockström destaca: “Estamos testemunhando um declínio generalizado na saúde do nosso planeta. Mas isso não é um resultado inevitável. A redução da poluição por aerossóis e a recuperação da camada de ozônio demonstram que é possível mudar a direção do desenvolvimento global. Mesmo que o diagnóstico seja terrível, a janela da cura ainda está aberta”.