
Com informações da CNN Brasil
Um estudo atualizado divulgado pelo Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK) revelou que a humanidade já ultrapassou sete dos nove limites planetários que garantem as condições de segurança para a vida na Terra. Pela primeira vez, a acidificação dos oceanos, que no ano anterior estava classificada como “no limite”, passou à categoria de fronteira rompida.
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De acordo com a pesquisa, os sistemas que já saíram da zona segura incluem:
- mudanças climáticas
- integridade da biodiversidade
- mudanças no uso da terra
- ciclo do nitrogênio e fósforo
- uso de água doce
- poluição química
- acidificação oceânica.
Apenas dois indicadores permanecem dentro dos limites considerados seguros: a carga de aerossóis (poluição do ar) e o estado da camada de ozônio estratosférico.
Johan Rockström, diretor do PIK, alertou: “Mais de três quartos dos sistemas de suporte da Terra não estão na zona de segurança. A humanidade está ultrapassando os limites de um espaço operacional seguro, aumentando o risco de desestabilização do planeta”. O relatório atribui a deterioração principalmente à queima de combustíveis fósseis, agravada pelo desmatamento e mudanças no uso do solo.
Dados preocupantes mostram que desde o início da era industrial, o pH da superfície oceânica caiu aproximadamente 0,1 unidade, representando um aumento de 30% a 40% na acidez, fator crítico para a vida marinha e ecossistemas costeiros.
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Apesar do cenário alarmante, Rockström destaca: “Estamos testemunhando um declínio generalizado na saúde do nosso planeta. Mas isso não é um resultado inevitável. A redução da poluição por aerossóis e a recuperação da camada de ozônio demonstram que é possível mudar a direção do desenvolvimento global. Mesmo que o diagnóstico seja terrível, a janela da cura ainda está aberta”.