EUA fazem apelo para que China e Rússia garantam que IAs não controlarão armas nucleares
Um míssil nuclear estratégico russo RS-24 Yars – Foto: AFP

Por Folha de Pernambuco

Um alto funcionário dos Estados Unidos fez apelos públicos para que a China e a Rússia façam coro às declarações da potência norte-americana e de outros países da Europa que apenas humanos, e nunca inteligência artificial, tomarão decisões sobre o uso de armas nucleares.

O oficial de controle de armas do Departamento de Estado, Paul Dean, disse nesta quinta-feira (2) em uma coletiva de imprensa que Washington havia feito um “compromisso claro e forte” de que os humanos têm controle total sobre as armas nucleares. França e Reino Unido também teriam aderido ao acordo.

Continua depois da publicidade

Receba as manchetes do Farol de Notícias em primeira mão pelo WhatsApp (clique aqui)

“Receberíamos com satisfação uma declaração similar da China e da Federação Russa. Achamos que é uma norma extremamente importante de comportamento responsável e achamos que é algo que seria muito bem-vindo em um contexto dos P5” disse Dean, vice-secretário assistente principal no Bureau de Controle de Armas, Dissuasão e Estabilidade, segundo a Reuters.

À medida que sistemas de armas autônomas se proliferam, incluindo em campos de batalha na Ucrânia e em Gaza, algoritmos e veículos aéreos não-tripulados já estão ajudando estrategistas militares a decidir se devem ou não atingir alvos.

Os principais fatos de Serra Talhada e região no Farol de Notícias pelo Instagram (clique aqui)

Autoridades civis, militares e de tecnologia de mais de 100 países também se reuniram, nesta segunda-feira, em Viena, para discutir como suas economias podem controlar a fusão da IA a tecnologias militares, dois setores que recentemente atraíram investidores, ajudando a impulsionar as avaliações das ações para máximas históricas.

Governos têm tomado medidas para colaborar com empresas que integram ferramentas de IA na defesa. O Pentágono está investindo milhões de dólares em startups de IA. A União Europeia pagou na semana passada à Thales SA para criar um banco de dados de imagens para ajudar a avaliar alvos de campo de batalha.