Do Diario de Pernambuco

EUA investiga esquema de subornos para obter indulto presidencialO Departamento de Justiça dos Estados Unidos investiga um esquema de subornos, que incluiu doações para campanhas políticas, no objetivo de obter o indulto presidencial – revela um documento judicial publicado nesta terça-feira (1º).

O texto, em que se discute a legalidade do registro de comunicações e dispositivos eletrônicos particulares, inclusive de advogados, tem diversos partes censuradas, e todas as informações que permitem a identificação de pessoas foram ocultadas.

O documento se refere a “um complô secreto” para pressionar “altos funcionários da Casa Branca” a obterem “um indulto ou adiamento da sentença” para uma pessoa não identificada.

O plano, investigado pelo menos desde agosto, supostamente incluía membros de grupos de pressão, advogados, um rico doador de campanha política e uma pessoa que está na prisão e espera obter ajuda presidencial.

Membros do complô contactaram funcionários da Casa Branca para pedir ajuda, relembrando “grandes contribuições em campanhas anteriores” e prevendo “grandes contribuições políticas” de um doador no futuro, de acordo com o documento do tribunal.

O texto sugere que o doador faz a proposta em nome da pessoa que busca o indulto presidencial.

Não indica, porém, quando ocorreram essas tentativas de suborno e, nas partes que não foram riscadas, não há referência ao presidente Donald Trump, ou à sua campanha.

A notícia chega em um momento em que a mídia especula que Trump pode perdoar mais pessoas, depois de conceder a seu ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn um indulto presidencial na última quarta-feira.

Ontem à noite, Trump tuitou que “a investigação dos indultos é uma notícia falsa”.

Trump perdoou, ou reduziu, as sentenças de vários aliados políticos, incluindo seu conselheiro de campanha Roger Stone, o polêmico ex-xerife do Arizona Joe Arpaio e o ativista republicano Dinesh D’Souza.

O jornal The New York Times informou que Trump está considerando perdões preventivos para seu advogado, Rudy Giuliani, seus três filhos mais velhos, assim como para seu genro e conselheiro, Jared Kushner.