Ex-estudante de enfermagem acusa faculdade de Serra Talhada de calote

Nesta segunda-feira (15), a leitora Tarciane Maria Leal do Amaral, procurou a reportagem do Farol de Notícias para fazer um relato de uma experiência que teve após tentar cancelar sua matrícula na instituição de ensino superior Uniplan, em Serra Talhada.

De acordo com Tarciana, desde fevereiro deste ano ela tentou solicitar o cancelamento da matrícula no curso superior de enfermagem, entretanto, após algumas tentativas, ela foi informada de que o prazo estaria esgotado. Preocupada com as mensalidades que estavam em aberto, ela foi informada de que o trancamento aconteceria por si ao longo do tempo.

Recentemente, quando tentou comprar sua casa, Tarciana descobriu que seu nome estava no SPC/Serasa, devido as mensalidades em aberto. Mesmo tendo procurado a instituição por diversas vezes, na tentativa de resolver o problema, o impasse segue sem solução, devido a um montante no valor de R$2 mil reais em seu nome.

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Confira o relato na íntegra:

“Em 2024, eu entrei na Uniplan para fazer o curso de enfermagem, mas aí resolvi trancar o curso. Em fevereiro de 2025, entrei em contato solicitando o cancelamento da minha matrícula. Disseram que tinha um prazo e que não estava nesse prazo, e que eu teria que entrar em contato novamente em agosto. Eu tenho uns prints de todas as conversas. Entrei em contato em agosto, me disseram que já tinha esgotado novamente o prazo, era um prazo de três dias. E eu questionei essa questão desse tempo que estava em aberto, como ficaria. Porque toda vez que eu abria a plataforma do aluno, estava lá essas mensalidades todas em atraso, só juntando os juros. Disseram que não se preocupasse, porque iria trancar por si, enfim. Segui o fluxo da vida. Simplesmente fui comprar a minha casa própria pela Caixa.

Não consegui, porque estava com inadimplência com o Serasa, por conta dessas dívidas. Desde esse dia, tem mais de 20 dias que eu tento entrar em contato com a Uniplan, e não consigo. Eles me enrolando, dizendo que vão passar por coordenador, que é para mim falar com o pessoal de uma ouvidoria. Depois me passaram o contato de um número de um 0800, liguei para esse 0800, disseram que eu tinha que ser com a faculdade. Entrei em contato com o Procon, o Procon só vai receber e fazer processos em fevereiro, enquanto isso toda a papelada da minha casa esperando. Entrei em contato no contato pessoal do coordenador da faculdade, ele foi super rude comigo, tanto um tal de um Ítalo quanto um tal de um Wesley, e ficou um inferno.”

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“Me disseram que tinha um tal de um requerimento, me enviaram esse requerimento, preenchi o requerimento e enviei de volta no mesmo dia para eles, em coisa de horas. Disseram que com 72 horas teriam para mim um retorno, já tem mais de uma semana, não sei mais o que fazer. Fiquei com uma dívida de mais de 2 mil reais, com o nome no Serasa, no SPC, e não tenho retorno nenhum deles, não consigo contato. Ligo, ligo, mando mais de 100 mensagens durante o dia, ligo, ligo, ligo. Aí respondem, ó, fulano de tal vai falar com você daqui a pouco. Não me deu um retorno nenhum, daqui a pouco vou entrar em recesso. Resumindo, me deram esse calote, que colocaram o meu nome no SPC e no Serasa, não resolvem nada, não me dão sequer uma satisfação, e eu que fiquei no prejuízo”.

OUTRO LADO

A reportagem do Farol de Notícias entrou em contato com a coordenação do Centro Universitário Uniplan Serra Talhada, em nome de Wesley Matheus, encaminhou uma nota sobre o ocorrido.

Confira a nota na íntegra:

“Nossa instituição informa que existe um prazo específico para a solicitação de cancelamento ou trancamento de matrícula, estabelecido para garantir a organização e a transparência dos processos acadêmicos. Destacamos que, diferente de outras universidades, o cancelamento de matrícula em nossa instituição é totalmente gratuito, desde que a solicitação seja realizada dentro do prazo previsto em nosso regulamento. Essa iniciativa reforça nosso compromisso com o respeito ao aluno, a clareza nas informações e a oferta de serviços acessíveis, sem cobrança de taxas adicionais para o exercício de seus direitos”.