
Atualizado às 07h58 desta 2ª
Na convenção realizada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), no último sábado (30), a presença de dois partidos no leque da coligação em torno do projeto de reeleição do prefeito Luciano Duque chamou a atenção: o PSDB, que é adversário histórico do PT e em Serra tem o comando do irmão do petebista Nena Magalhães e o PPS, cujo ex- presidente, Ênio Melo, apoia o republicano Victor Oliveira.
Mas para quase tudo tem uma explicação quando se trata de Serra Talhada. Os petistas silenciam quanto a presença do PSDB entre os parceiros, mas nesse domingo (31), o bancário Ênio Melo entrou em contato com o FAROL para denunciar que foi vítima de uma ação sorrateira do advogado Jailson Araújo, que aderiu de forma repentina a Luciano Duque e lhe tirou a direção da legenda.
“Ele (Jailson) me tirou a presidência do partido e colocou o irmão. Foi um feito um acordão com a direção, em Recife, que me deixou de fora. Não fui comunicado de nada e só tive a surpresa após este acordo. Mas já conversei com o ministro Raul Jungman, por telefone, que não sabe o que vem acontecendo em Serra Talhada”, lamentou Ênio Melo, que garante seguir apoiando a pré-candidatura de Victor Oliveira.
O OUTRO LADO
Nesta segunda-feira (1), o advogado Jailson Araújo entrou em contato com a redação do FAROL e rebateu os argumentos de Ênio Melo. Segundo o advogado, não houve nada de sorrateiro no seu gesto e o bancário foi avisado da mudança de rumo do PPS.
“Antes de tomar a decisão de aderir ao bloco governista eu conversei com Ênio e perguntei se ele era pré-candidato a vereador, e o mesmo disse que não; que iria apoiar outra pessoa. Então não houve nada de sorrateiro porque foi avisado que iríamos aderir ao governo. Coloquei meu irmão na presidência e Ênio continua como vice. Mas tudo foi feito às claras”, confirmou Jailson Araújo.
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