“Explosão” de estrela pode ser visível a olho nu essa semana - Imagem: Centro Espacial Goddard/NASA
Imagem: Centro Espacial Goddard/NASA

Com informações do Olhar Digital

O céu noturno pode ganhar um novo destaque nesta quinta-feira (27) com a possível explosão da T Coronae Borealis, também conhecida como “Estrela Flamejante”. Esse raro fenômeno, que ocorre a cada 80 anos, deve aumentar de forma intensa o brilho da estrela, tornando-a visível sem telescópios por alguns dias.

Apesar de previsões anteriores indicarem que o evento poderia acontecer até setembro de 2024, a estrela permaneceu discreta nos últimos meses. Agora, porém, seu brilho começou a aumentar, sugerindo que a explosão pode estar próxima.

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Por que essa estrela “explode”?

A T Coronae Borealis (T CrB) é um sistema binário formado por uma anã branca (um “cadáver estelar” denso e quente) e uma gigante vermelha (maior e mais fria). A anã branca rouba material da companheira e, quando acumula massa suficiente, desencadeia uma explosão termonuclear em sua superfície.

Essa reação faz com que a estrela aumente seu brilho em milhares de vezes, mudando sua magnitude de 10.0 (invisível a olho nu) para 2.0 – tornando-a tão brilhante quanto a Estrela Polar.

Importante: Esse fenômeno é diferente de uma supernova, onde a estrela é destruída. A T CrB apenas brilha intensamente por alguns dias antes de voltar ao normal.

Como observar o fenômeno?

Se a explosão ocorrer nesta quinta (27), a T CrB poderá ser vista sem telescópios, destacando-se na constelação Corona Borealis (Coroa do Norte). Para encontrá-la:

  • Localize Arcturus e Vega – duas das estrelas mais brilhantes do céu.
  • Arcturus (alaranjada) está no leste.
  • Vega (azulada) está no nordeste.
  • Procure a Corona Borealis – um semicírculo de sete estrelas entre elas.
  • A “Estrela Flamejante” deve aparecer perto de Epsilon CrB, a quinta estrela mais brilhante da constelação.

Dica: Aplicativos como Star Walk, Stellarium ou SkySafari podem ajudar a localizar a estrela com facilidade.

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Um espetáculo celeste raro

A última vez que a T CrB brilhou intensamente foi em 1946, e a próxima oportunidade só deve ocorrer por volta de 2104. Portanto, se o fenômeno se confirmar, será uma chance única para observadores do céu testemunharem esse evento astronômico extraordinário.