
Uma das temáticas mais polêmicas dos últimos anos em Serra Talhada é sobre o avanço da pobreza e das pessoas em situação de rua na cidade. Para debater o assunto dentro da campanha da igreja católica para o Dia Mundial dos Pobres, Giovanni Sá recebeu no Falando Francamente desta quarta-feira (12) o professor Ari Amorim, ao lado ambientalista Bonzinho Magalhães, que explicaram o intuito da campanha, que é despertar os cristãos para o método de ‘ver, julgar e agir’.
O movimento é refletido pela igreja católica, criado pelo Papa Francisco em 2016, e que abrange diversos movimentos sociais religiosos e também não ligados a religiosidade. As atividades começam sempre uma semana antes da celebração do Cristo Rei com debates, ações sociais e reflexões que devem ir até o dia 16 de novembro.
“Nós temos hoje no Brasil e no mundo pessoas que não acreditam que tem pobre na rua, que tem pessoas em situação de rua. A campanha da fraternidade do ano que vem vai falar sobre moradia e essa questão é levantada para que entre na pauta e agenda mundial o pobre. Porque ele é, sobretudo, a ponte pela qual nos conduz ao reino de Deus. Thiago apóstolo vai dizer: ‘não há fé sem as obras’, fé sem as obras é morta como um corpo sem alma. A igreja quer refletir mais ainda e mostrar que o caminho da esperança e do encontro com aquele que está excluído e socialmente destruído”, afirmou Amorim.
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Para Bonzinho Magalhães, o Papa Francisco foi um exemplo de humildade e um propagador com grande legado. No momento, o Papa Leão XIV está arrumando a Santa Igreja e seu papado está apenas começando. Por isso os fiéis do Brasil inteiro precisam se engajar para fazer a campanha em prol do Dia Mundial dos Pobres em suas comunidades.
“Nós hoje temos, a nível Brasil, 338 mil pessoas em situação de rua. Analisa, seria a população de Caruaru. Isso é uma coisa que vem crescendo. Eu trabalho com o meio ambiente, e do ano de 2000 para cá nós tivemos uma aceleração com relação ao clima. Nos últimos seis anos a coisa estourou, porque já vem saturando. É como a pobreza, quando você fala hoje no nível de desemprego no Brasil caiu, o IBGE diz, agora o nível de pobreza extrema? Temos que analisar o nível de pobreza e o pobre absoluto, isso tem uma diferença. E nós temos um bispo que ele prima muito pelas pegadas de Francisco, e ele tem reações de defesa”, analisou o ambientalista:
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“Na situação, que a gente vive hoje as campanhas da fraternidade fazem a gente fazer reflexão. Quando nós tínhamos os flagelados da seca, as pessoas iam para a feira saquear o saco de feijão de quem estava vendendo. Estamos falando das bolsas que tem aí. Ontem na COP30 tentaram entrar, e quem tentou? O índio, o quilombola, o morador de rua. Pessoas que foram contra a um momento de dinheiro e poder que vai trazer o quê? Hoje eu vejo a igreja se movimentando, e fui convidado por Ari pára vir aqui e convocar a sociedade a aceitar o pobre. O apelo é esse, aceitar o pobre e não rejeitar e excluir o pobre. Ele não é mais invisível”.
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