Falta de vitamina D pode levar a problemas de saúde; entenda - Imagem: Jill Wellington/Pixabay
Imagem: Jill Wellington/Pixabay

Com informações do Saúde em Dia

A vitamina D é crucial para o funcionamento adequado do organismo, mas especialistas têm observado um aumento preocupante na deficiência desse nutriente entre a população global. Um estudo publicado no Journal of Nutrition revelou que 88% das pessoas no mundo apresentam níveis de vitamina D abaixo do recomendado.

Para indivíduos saudáveis com menos de 65 anos, os níveis devem ser superiores a 20 ng/ml, enquanto para aqueles acima dessa idade ou com condições que afetam a absorção, como obesidade e doenças inflamatórias intestinais, o ideal é que os níveis variem entre 30 e 60 ng/ml.

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No Brasil, a situação não é diferente. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou que cerca de 875 mil pessoas com mais de 50 anos sofrem de deficiência de vitamina D. Além disso, aproximadamente 7,5 milhões nessa faixa etária apresentam concentrações da vitamina abaixo dos níveis considerados saudáveis.

Esses dados são preocupantes, uma vez que a vitamina D oferece diversos benefícios à saúde, sendo mais conhecida por seu papel no fortalecimento ósseo e na prevenção da osteoporose. Estudos também demonstraram que ela melhora a imunidade e auxilia no combate a doenças metabólicas, neurológicas e psiquiátricas.

“A vitamina D é peça fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo como um todo, pois além de atuar na regulação do sistema imunológico, que é nosso sistema de defesa, ela faz parte de todo um processo de tratamento e prevenção, inclusive, de doenças autoimunes, como artrite reumatoide e a esclerose múltipla”, afirma a nutricionista Adriana Stavro.

Consequências da deficiência de vitamina D

A falta de vitamina D está ligada a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças inflamatórias intestinais, condições autoimunes, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas, além de aumentar a suscetibilidade a infecções virais e bacterianas. Um estudo realizado no Hospital Israelita Albert Einstein entre julho de 2020 e janeiro de 2021 com 200 pacientes infectados pela Covid-19 revelou que aqueles com baixos níveis de vitamina D apresentavam maior risco de complicações graves.

A vitamina D é produzida naturalmente pelo corpo através da exposição ao sol. Também pode ser obtida por meio da alimentação, especialmente em peixes gordurosos como salmão, gema de ovo, cogumelos, fígado bovino e produtos lácteos. No entanto, o estilo de vida moderno muitas vezes limita a exposição solar e dificulta uma dieta equilibrada — fatores que contribuem para a crescente deficiência desse nutriente.

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Importância da alimentação adequada

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera-se que há insuficiência de vitamina D quando os níveis estão abaixo de 30 ng/ml no sangue; já a insuficiência grave ocorre quando os valores caem abaixo de 10 ng/ml. Níveis iguais ou superiores a 30 ng/ml são considerados normais, com um limite máximo estabelecido em 100 ng/ml. Portanto, é fundamental incluir diariamente alimentos ricos em vitamina D na dieta para garantir uma saúde adequada.