Fascista?! O que você sabe sobre isso?

Publicado às 04h39 desta segunda-feira (15)

Por Jorge Apolônio, serra-talhadense, policial federal e integrante da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Toda vez que a esquerda vai disputar uma eleição, transforma o adversário em inimigo e o tacha automaticamente de FASCISTA, seja ele quem for. O inferno são os outros.

Tem-se proferido, ouvido, escrito e lido muito a palavra FASCISTA empregada contra um candidato a presidente que irá disputar o segundo turno das eleições no Brasil. Mas o que significa FASCISTA? É a pessoa adepta do FASCISMO. Isso não explica muito se não sabemos o que é FASCISMO.

Implantado por Benito Mussolini, ditador italiano, no início dos anos 20 do século XX, FASCISMO é um regime político autoritário e antiparlamentar que combate o comunismo e prega a autossuficiência do Estado. Atua contra as liberdades individuais, com o poder centrado em organizações de massas com autoridade única, não sendo embasado necessariamente nos militares. Embora aceite o grande capital, o FASCISMO se opõe às ideias liberais, mas também se opõe às ideias socialistas, comunistas. O lema do FASCISMO é tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado. No FASCISMO, exaltando o poder estatal, o governo coopta sindicatos, atua em conluio com grandes empresas, carteliza o setor privado, subsidia grandes empresários com quem tem conexões políticas, intervém no livre mercado e assim vai exaurindo lentamente a economia de um país até descambar para o caos e resultar em uma ditadura socialista.

Esclarecido isso, vamos fazer uma comparação entre esse regime político e o candidato mencionado.

O candidato é duro nas palavras? Sim.  Ele é um cidadão oriundo das forças armadas. Militar tem esse jeito seco, direto e sincero de falar as coisas. O povo, enojado de ser enganado por políticos cínicos, demonstra gostar do jeito franco dele, mas a imprensa, não. E daí? Daí a campanha midiática contrária.

Mas o candidato é autoritário? Não, uma vez que ele defende a Constituição. E mais: promete ser rigoroso na exigência do seu cumprimento. Diz que o Brasil precisa de ordem para ter progresso. Diz o óbvio.

O candidato é antiparlamentar? Não, é o oposto.  Ele é parlamentar há 28 anos.

Ele combate o comunismo? Sim. Eis a única coisa em comum entre o candidato e o FASCISMO, e daí a sua crucificação pela esquerda. Qual o bem que o comunismo produziu para a humanidade? Pergunte-se ao candidato oponente, simpatizante do socialismo (eufemismo de comunismo), ou à sua vice, já que ela é do PC do B. Pergunte-se à História. Resposta: bem nenhum, só catástrofes. Mas estes dois absurdamente negariam. Exemplo atual:  Venezuela. Somos testemunhas contemporâneas deste desastre. Não há como negá-lo.

O candidato defende a autossuficiência do Estado? Não. Defende que o estado seja eficiente, enxuto, deixe de ser cabide de cargos políticos, fonte de mordomias e corrupção, e de pesar com impostos escorchantes nas costas da sociedade.

O candidato é antiliberal? Não. Pelo contrário, ele aceita o capital, defende o liberalismo econômico e o fim das relações comerciais ideológicas com viés de esquerda.

O candidato atenta contra as liberdades individuais? Não. Ele defende a livre iniciativa, a liberdade de expressão, a imprensa livre e a prisão de bandidos para o povo poder ir e vir em paz a qualquer hora pelas ruas de qualquer cidade.

O candidato tem possibilidade de ser ditador? Não, porque não tem essa pretensão nem respaldo das forças armadas para isso, ainda que ele seja oriundo do meio militar. Não existe ditadura ou democracia sem o respaldo das forças armadas.

Então, de onde vem a acusação de FASCISTA ao candidato? Sendo ele assumidamente de direita, a acusação vem da boca e da escrita dos oponentes de esquerda que, apesar das lições trágicas e reiteradas da História, simpatizam iludida,  obsessiva e perigosamente com os ideais do socialismo/comunismo (e irônica e contraditoriamente até mesmo com algum nível de FASCISMO), ideais estes que inexoravelmente levaram nosso país a essa tragédia ética, moral,  política, econômica e social. Não bastaram todos os exemplos malsucedidos. Falta autocrítica a essa gente para admitir isso, além de bom senso. Sobra desfaçatez no intento de enganar os incultos.