Publicado às 05h40 desta quarta-feira (9)
No dia 7 de novembro de 2019, o médico Francisco Gomes da Silva, mais conhecido por ‘Dr. Fanão’, deixou sua residência no bairro AABB, em Serra Talhada, e seguiu para mais um dia de trabalho, como sempre fazia em sua rotina. Mas antes de chegar ao seu destino e cumprir seu dever de ofício de salvar vidas, o médico foi covardemente assassinado na PE-320. Um motoqueiro se aproximou do veículo na rodovia, e fez vários disparos. Dr. Fanão morreu na hora (relembre tudo aqui).
Quatro anos depois, às vésperas do Dia dos Pais, a médica Carolina Gomes Diniz e Silva, filha do Dr. Fanão, decidiu quebrar o silêncio através do Farol, e cobrar respostas do Estado sobre o crime que mudou toda a sua vida, e o resultado final da investigação. Até hoje a Polícia Civil não se pronunciou publicamente sobre o caso.
Carolina Diniz não esconde uma tristeza profunda. A dor da saudade lhe acompanha como uma alma gêmea, e ainda guarda o último diálogo que teve com o pai, antes do crime. “Sem meu pai não tenho vida. Ele era honesto e era a pessoa que eu mais amava nesta vida. Tenho a minha família, mas meu pai era a pessoa que eu mais amava no mundo inteiro”, desabafou a médica, aproveitando para fazer um apelo:
“Até então, nenhuma autoridade esclareceu ou puniu alguém. Não me conformo. E venho cobrar da polícia, da delegacia, do estado, que os criminosos paguem por isso. Gostaria de fazer um apelo ao ex-deputado Sebastião Oliveira, a quem meu pai seguia veementemente, a prefeita Márcia Conrado, que tem uma boa relação com a governadora Raquel Lyra, que me ajude a não deixar este caso impune. Amo a minha terra e um dia quero voltar, mas com um desfecho do caso”, ratificou Carolina Diniz.
AMEAÇAS
Ainda durante a entrevista ao Farol, a médica revelou que na última conversa que teve com o pai, antes de morrer, ele falou que vinha sendo ameaçado, mas não disse por quem. “Tem muitas coisas ainda sem respostas, inclusive, uma arma do meu pai que sumiu. São coisas que tiram a minha paz e por isso que faço este apelo. Meu pai deixou registrado nas redes que não queria vingança, e eu peço justiça”, reforçou.
VAZIO DO DIA DOS PAIS
A Drª Carolina Gomes Diniz vive com a angústia da desinformação sobre tudo o que aconteceu, vazio que deve aumentar no próximo domingo, Dia dos Pais, quando a saudade deve bater mais forte. Ele alimenta a esperança que algo aconteça, e que o Estado também quebre o silêncio sobre o assunto. Até hoje não tem informação sobre qualquer pista do assassino, ou que teria provocado o crime.
Em um vídeo, a médica resume um pouco da sua angústia, faz agradecimentos, e pede respostas. Confira.
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