bandavoou farol de noticias (11)Fotos: Alejandro García

A boa música da bandavoou (assim mesmo, escrito em minúsculas como defende o grupo) encantou jovens, adultos e até crianças na noite da última sexta-feira (5), no polo Cultura Viva em Serra Talhada. Os garotos multi-premiados, liderados pelos serratalhadenses PC Silva e Carlos Filho não só valorizaram suas origens, cantando os poetas locais, como brindaram o público com um repertório cada vez mais denso poeticamente. O resultado disso tudo? Praça cheia, colorida de contemplação de vê-los derramando sobre os nossos ouvidos um som criativo, digno de quem compõe com o coração. O FAROL fez questão de registrar algumas imagens do show.

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Nas próximas semanas, carregando no matulão uma crescente intuição musical, os meninos desembarcam em São Paulo, após se consagrarem os grandes vencedores do Samsung e-Festival Canção, concurso nacional de música autoral realizado no último mês de agosto. Como prêmio, irão trocar sinapses com o consagrado Milton Nascimento, além de serem afagados pelo vil metal (porque ninguém é de ferro!). Em Serra Talhada, a bandavou fechou o show (pra não contar o bis de Peraí) com “Nó”, música vencedora do Samsung e-Festival, forjada numa mistura de cores e tons de solidão, saudade e esperança.

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O grupo também contou com participações importantes, como o poeta autóctone Henrique Brandão e o músico e compositor Pablo Patriota, que soltaram a voz complementando o coro da boa arte. De todos os shows que a banda fez até agora em Serra Talhada (se não me engano, quatro em pouco mais de um ano), não é difícil arriscar que a apresentação da sexta-feira (5) tenha sido a melhor, não menos pelas novas composições que arrancaram aplausos do público com estranha facilidade, mas pela áurea de amadurecimento artístico que os garotos estão esbanjando no palco.

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Numa terra ainda sonolenta para valorizar boas músicas (sem querer menosprezar Pablos e arrochas, nem os penduricalhos da fonografia de massa), a praça Sérgio Magalhães presenciou seu instante eudaimônico, daqueles que marcam velhas e futuras gerações, digno da contemplação de uma ética musical que vale a pena ser revivida.

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