Por Allan Pereira Sá, Advogado, secretário de Governo de Serra Talhada
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, e tinha formação em química pela Universidad de Buenos Aires, em Filosofia pela Faculdade de São Miguel e doutorado em Teologia em Freiburg, na Alemanha.
Apaixonado por futebol, era torcedor do San Lorenzo e considerava Pelé superior a Maradona e Messi.
Em 14 de fevereiro de 2013 foi escolhido líder da Igreja Católica, tornando- se o primeiro latino-americano da história nesta missão.
A escolha pelo nome Francisco foi o desejo do novo papa em aproximar a Igreja do povo, dos pobres,
dos marginalizados, das periferias. Francisco queria uma Igreja feita de “pastores com cheiro de ovelhas”.
Na sua primeira viagem internacional como Papa veio ao Brasil, onde participou da Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Nesse evento, dois serra- talhadenses, meus pais, Mário e Gilda, estiveram na multidão de mais de 3
milhões de pessoas na praia de Copacabana, em julho deste ano, e já testemunharam o que força da simplicidade dos gestos do Papa provocaria nesses 12 anos de pontificado, marcados por avanços e foco nas dores reais das
pessoas do nosso tempo.
A imagem inesquecível do Papa Francisco sozinho, caminhando e rezando na Praça de São Pedro, no Vaticano, durante a pandemia da covid-19, em um dia de chuva, foi vista por bilhões de pessoas no mundo todo.
QUAL O LEGADO QUE FICA DO PAPA FRANCISCO?
Papa Francisco foi o papa do acolhimento e não da exclusão. Acolhimento de mulheres trans, em 2023, ao afirmar que eram “filhas de Deus”. Acolhimento ao autorizar a bênção a casais de pessoas do mesmo sexo e “em situação irregular” para a Igreja. Acolhimento ao se pronunciar pelos refugiados e imigrantes e
contra as guerras.
Não passou por portas abertas, abriu portas fechadas da Igreja. Construiu pontes de amor e solidariedade, em vez de muros de preconceitos e intransigências.
O Papa Francisco sensibilizou a humanidade a discutir e se unir em torno do meio ambiente, dos direitos humanos, da paz por meio da “amizade social”, que ele considerava uma forma de amor.
Sua visão de uma Igreja mais inclusiva, social e engajada com os desafios do mundo contemporâneo, a necessidade da Igreja se conectar com as pessoas, especialmente os jovens, denunciando as desigualdades sociais e econômicas e
aproximando a Igreja das minorias, incluindo a comunidade LGBTQIA+, divorciados e aqueles que se sentem excluídos.
Como disse precisamente um amigo Jornalista, Liniker Xavier, “Francisco viu Deus onde as pessoas viam problema. O papa do fim do mundo. Fez do nome de um santo, um programa de vida. Não quis tronos, escolheu as periferias,
aquelas onde dignidade é negada. Fez da igreja não uma fortaleza, mas tenda. E ensinou que a fé não se grita, SE VIVE”!
O Papa Francisco praticou o diálogo e tolerância com as outras religiões, promoveu o respeito à diversidade religiosa e deixou lições que ultrapassam as barreiras religiosas de que é necessário ouvir antes de julgar e que Cristo nos ama por aquilo que verdadeiramente somos.
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