
Com informações do Correio Braziliense
A tradicional chuva de meteoros Geminidas já está em atividade e promete um espetáculo astronômico até a próxima terça-feira (19/12). O fenômeno teve início na quinta-feira (11) e, segundo especialistas, oferece boas chances de observação durante a noite e ao longo da madrugada, especialmente longe das luzes urbanas.
De acordo com o professor Gabriel Hickel, da Universidade Federal de Itajubá, o período mais favorável para acompanhar os meteoros ocorre entre 22h e o amanhecer. Ele alerta, no entanto, para a interferência da Lua. “Será preciso estar atento para evitar a Lua, pois o brilho atrapalha a observação dos meteoros menos brilhantes, justamente os mais numerosos”, explicou.
Receba as manchetes do Farol primeiro no canal do WhatsApp (faça parte)
O Observatório Nacional informa que o ponto máximo da atividade das Geminidas deve acontecer na transição da noite de 13 para 14 de dezembro, com concentração por volta das 5h do dia 14. Mesmo assim, o fenômeno possui um pico prolongado, com cerca de 12 horas de duração, o que amplia as chances de visualização também nas noites anterior e posterior ao auge.
Embora a chuva seja visível em todo o Brasil, neste ano as melhores condições de observação estão previstas para o leste da América do Norte e a região do Caribe. Ainda assim, o Observatório Nacional reforça que vale a pena acompanhar o céu em diferentes horários. “Entretanto, o pico máximo desta chuva é bastante largo, com quase 12h de duração, de modo que valerá a pena acompanhar, pelo menos, nas noites anterior e posterior”, destaca a instituição.
Para quem deseja observar, não é necessário apontar o olhar para um ponto específico do céu. A recomendação é fixar a visão na região das Três Marias, permitindo que a visão periférica ajude a captar os meteoros. Ambientes escuros, com horizonte livre e longe da poluição luminosa, aumentam significativamente a experiência.
Os fatos de Serra Talhada e região no Instagram do Farol de Notícias (siga-nos)
As chuvas de meteoros, em geral, são formadas por detritos deixados por cometas ao longo de suas órbitas, que entram na atmosfera terrestre quando o planeta cruza essas trilhas. No caso das Geminidas, porém, a origem é diferente: os fragmentos vêm do asteroide 3200 Faetonte, um corpo rochoso que, apesar de não ser um cometa, libera material ao longo de sua trajetória.
Essas partículas — compostas por poeira e pequenas rochas — se incendeiam ao entrar na atmosfera, criando os rastros luminosos que tornam as Geminidas a chuva de meteoros mais intensa do ano.