A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), por meio da XI Gerência Regional de Saúde (XI GERES) e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde – Regional Serra Talhada (CIEVS), emitiu nesta segunda-feira (13) um alerta epidemiológico sobre casos de intoxicação por metanol relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O documento orienta municípios da região a intensificar a vigilância e a fiscalização sanitária.
Em Pernambuco, até este domingo (12) foram 45 notificações de casos suspeitos, dos quais 18 já descartados e 27 ainda em investigação. Na área da XI GERES, que abrange 10 cidades do Sertão do Pajeú, dois casos estão sendo investigados: um em Flores e outro em Serra Talhada.
De acordo com o informe, até a última quinta-feira (9) foram notificadas 430 suspeitas de intoxicação por metanol em 20 estados brasileiros, incluindo Pernambuco.
Desses, 27 casos foram confirmados, e cinco mortes registradas no estado de São Paulo, nas cidades de Osasco, São Paulo e São Bernardo do Campo. Outros dez óbitos ainda estão sob investigação em diferentes regiões do país.
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SINTOMAS E DANOS
Bebidas adulteradas com metanol representam alto risco de morte. Bem como, causar sintomas graves como visão turva, náusea, dor de cabeça, confusão mental, convulsões e coma.
A orientação é não consumir bebidas de procedência desconhecida e denunciar pontos de venda suspeitos aos órgãos de vigilância sanitária ou à polícia local.
ORIENTAÇÕES DA SAÚDE
O CIEVS recomenda que os profissionais de saúde entrem em contato imediato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATOX) pelo número 0800 722 6001 antes de notificar o caso.
Toda suspeita deve ser registrada na plataforma CIEVS (em até 24 horas) e também no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
As unidades de saúde devem coletar informações detalhadas sobre a bebida consumida, o local de compra e outros possíveis consumidores, além de enviar os dados consolidados para o e-mail cievsxigeres@gmail.com.
A Secretaria de Saúde será responsável pela conclusão e classificação final de cada caso.
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FISCALIZAÇÃO E COMBATE
A Vigilância Sanitária foi orientada a reforçar as ações de inspeção em bares, depósitos e pontos de venda de bebidas alcoólicas. Especialmente, onde existam produtos de origem duvidosa ou sem registro.
Ainda segundo a nota, as embalagens e rótulos devem seguir o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), além das resoluções da ANVISA (RDC nº 259/2002 e nº 429/2020), as normas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e do Inmetro, que garantem a transparência e rastreabilidade dos produtos.