A relação entre o prefeito de Serra Talhada Luciano Duque (PT) e os servidores municipais está longe da harmonia. Nesta sexta-feira (25) acontece mais uma assembleia dos trabalhadores de educação, no Colégio Cônego Torres, em que a greve por tempo indeterminado pode ser deflagrada. Mas a falta de diálogo também se estende aos demais servidores da prefeitura, que nas eleições passadas, apostaram na administração petista.
O mais curioso é que o prefeito Duque, durante a campanha eleitoral, pregou exatamente o contrário do que vem acontecendo. No seu Plano de Governo de 68 páginas registrados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em 2012, Duque garantia uma relação amistosa e de confiança com o servidor.
“Valorização do servidor público municipal e melhoria das condições de trabalho e salários, visando uma boa qualidade de vida e maior eficácia na prestação dos serviços públicos” é o que está escrito na página oito do plano de governo.
Em dezesseis meses de gestão, Duque não abriu qualquer diálogo com os servidores, lotou o prédio sede da prefeitura de cargos comissionados, tentou levar o servidor com abonos e quinquênios somados para pagar o piso mínimo e demorou mais do que devia para homologar o novo salário mínimo vigente.
“Francamente, eu esperava que fosse diferente dos outros. Mas está fazendo igual a maioria”, disse um servidor público em conversa com o FAROL. Caso os servidores da educação decidam por uma greve por tempo indeterminado, é possível que o apoio popular ao movimento surpreenda por conta das insatisfações da maioria dos servidores públicos.
20 comentários em GESTÃO: Sem diálogo com o servidor, Duque não cumpre promessas do plano de governo