A Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) recebeu um duro golpe do prefeito Luciano Duque nesta semana. Sem dialogar com os vereadores, o prefeito vetou todas as emendas impositivas alocadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que dariam a possibilidade, pela primeira vez, aos vereadores destinarem recursos para obras sociais em Serra Talhada.

De acordo com o projeto, cada parlamentar poderia indicar 0,7% do orçamento 2015 para obras de calçamento, saneamento básico, saúde e educação. No total, cerca de R$ 1, 1 milhão e R$ 74 mil em emendas para cada parlamentar. O anúncio do veto foi divulgado pelo próprio líder do governo, Manoel Enfermeiro (PT), que justificou a intervenção do prefeito.

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“O prefeito vetou porque disse que não tem dinheiro. Não adianta dizer que vai fazer se não tem dinheiro. Por isso que ele (Duque) vetou. A gente não pode colocar o carro na frente dos bois”, disse o vereador petista, durante entrevista a Rádio A Voz do Sertão AM, nessa quinta-feira (18). Ele declarou que vai tentar um diálogo com o prefeito.

REBELDIA

O veto às emendas impositivas pode provocar uma rebeldia coletiva na base governista. O FAROL apurou que há um sentimento generalizado de insatisfação entre os parlamentares e o prefeito Luciano Duque pode ser derrotado, pela primeira vez, mesmo com maioria na Câmara. O veto do governo deve ser colocado em votação na próxima semana.