Centro esportivo em Zhuhai, na China, invadido por motorista que matou 35 pessoas - Foto: Kyodo News via AP
Centro esportivo em Zhuhai, na China, invadido por motorista que matou 35 pessoas – Foto: Kyodo News via AP

Do g1

Um motorista invadiu um centro esportivo no sul da China, atropelou dezenas de pessoas que faziam exercício e matou 35 delas nesta terça-feira (12), afirmou o governo local.

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O atropelamento foi deliberado. Segundo a polícia, o autor do crime, um homem de 62 anos, estava irritado por não concordar com um acordo de divórcio pedido por sua ex-esposa. Ele foi detido.

O caso aconteceu em Zhuhai, cidade que fica ao lado de Macau, no sul do país. Segundo o governo local, outras 43 pessoas ficaram feridas.

As vítimas estavam se exercitando no centro esportivo, que tem um espaço amplo ao ar livre onde várias pessoas corriam e caminhavam, quando o carro invadiu o local, de acordo com a polícia. Após atropelar as vítimas, o homem tentou fugir, mas a polícia conseguiu alcançá-lo. Policiais encontraram uma faca dentro do automóvel.

O presidente chinês, Xi Jinping, se pronunciou sobre o caso e pediu que o motorista seja punido de acordo com a lei.

O caso ocorreu também quando a cidade de Zhuhai estava especialmente cheia. Na segunda-feira (11), a cidade sediou a principal exposição de aviação do país, organizada pelo Exército chinês, que acontece anualmente em Zhuhai.

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China censura busca por notícia

Embora o caso tenha causado grande comoção dentro da China, chamou a atenção de moradores do país o fato de que as redes sociais chinesas começaram a bloquear notícias do atropelamento.

Uma busca no Weibo — a rede social mais usada na China — pelo centro esportivo resultou em poucas publicações mencionando que algo havia acontecido, sem fotos nem detalhes.

Reportagens que saíram na mídia chinesa sobre o caso também foram removidas.

Em Zhuhai, uma equipe da rede britânica BBC que reportava do centro esportivo foi aborada por um homem que interrompeu o repórter e tentou impedir a gravação de imagens. Segundo a equipe da BBC, tratava-se de um agende governamental que disse que eles não poderiam filmar no local.