Homem é preso por acervo de pornografia infantilDo JC Online

Um homem foi preso, no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife, por armazenar no computador mais de 80 mil arquivos de pornografia infantil. De acordo com a delegada Thaís Galba, ele alega sofrer de depressão, e a doença havia o levado por este caminho.

A operação iniciou quando a Polícia Civil, com o apoio do Núcleo de Inteligência da corporação, identificou uma pessoa que estava adquirindo materiais de pornografia infantil e fazendo vários downloads. Um mandado de busca e apreensão foi expedido pelo juiz da Vara da Infância e Adolescência.

Antônio Alvino da Silva Neto, de 26 anos, estava em sua residência, quando a Polícia Civil iniciou uma operação, na terça-feira (27). “Quando chegamos no local, perguntei se ele sabia o que estávamos procurando. Ele disse que sim, e que mostraria”, conta a delegada.

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No computador, uma grande quantidade de abas abertas já denunciavam a suspeita da polícia. “Os primeiros quinze minutos de acesso ao computador dele foram só para fechar as abas. Ficamos chocados com o que vimos”, relata.

Um notebook, uma CPU, pendrives e HD’s foram recolhidos e encaminhados ao Instituto de Criminalística. “Na memória do computador continham fotos e vídeos sensuais e de sexo explícito. A maioria eram crianças de dois a três anos”, destaca a delegada.

Após ser preso em flagrante por baixar e adquirir material pornográfico infantil, Antônio foi liberado no mesmo dia por pagar fiança equivalente a 20 salários mínimos, o que corresponde a R$ 19.080,00.

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A delegada conta que “o único modo de prendê-lo sem a opção de fiança é caso ele tenha compartilhado os arquivos com alguém, o que até o momento não foi identificado”. O rapaz responderá em liberdade, ficando à disposição da justiça.

“Pornografia infantil é crime, mesmo que seja sem tocar em ninguém, apenas por imagens”

Sobre este ato, a delegada Thaís Galba destaca que é um crime difícil de identificar e reprimir, por não acontecer às vistas, mas dentro de uma casa ou quarto, o que leva mais tempo para que a polícia encontre.

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“Esse tipo de crime é um ato que as pessoas fazem achando que não é nada demais. Como praticam isto por trás do computador, reclusas em seus quartos, não consideram uma infração. Se não houver consumidor, não tem fornecedor. Enquanto pessoas assistem este tipo de vídeo e fotos, terão outras corrompendo a infância e juventude de crianças para ganhar dinheiro com isso”, lamenta Thaís.