Francisco Cuoco
Francisco Cuoco – Foto: TV GLOBO/João Miguel Júnior

Da Revista Quem

Francisco Cuoco, um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira, morreu aos 91 anos, nesta quinta-feira (19). O ator ficou conhecido pelos galãs e protagonistas de novelas como Pecado Capital,

O Astro, Selva de Pedro e O Sétimo Sentido, entre dezenas de outros, e na última década fazia mais participações. Cuoco deixa três filhos, Tatiana, Rodrigo e Diogo, e netos.

A informação foi confirmada pela família do ator ao jornal Folha de S. Paulo.

Cuoco esteva internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, há cerca de 20 dias, e sofria complicações de saúde devido à idade.

A causa de sua morte não foi informada, mas ele tratava um ferimento que infeccionou.

Cuoco foi feirante e sonhava em ser advogado

Paulista, Cuoco era filho de um imigrante italiano, o feirante Leopoldo, e da dona de casa Antonieta. O casal, que tinha ainda uma menina, Grácia, era muito humilde, e o ator trabalhava com o pai na feira durante o dia.

À noite, estudava e tinha planos de se tornar advogado. O interesse pela interpretação veio ainda criança e via circos mambembes se instalarem no terro baldio em frente à casa da família, no bairro do Brás.

Encantado pelo que via, o menino fazia pequenas encenações e sonhava com o mundo do cinema.

Cuoco pensava em estudar Direito, mas optou por fazer a Escola de Arte Dramática de São Paulo, onde ficou por quatro anos. Ele entrou para o Teatro Brasileiro de Comédia e no Teatro dos Sete, duas companhias importantes que foram fundamentais para o teatro brasileiro.

No palco, ele fez Werneck, de O Beijo no Asfalto (1961), de Nelson Rodrigues. Premiado em 1964 como melhor ator coadjuvante na peça Boeing-boeing pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), Cuoco entrou na televisão no Grande Teatro Tupi, onde peças de prestígio eram apresentadas ao público da extinta TV Tupi.