Idosos precisarão de biometria para garantir o BPC em 2026 - Imagem: Jeane de Oliveira
Imagem: Jeane de Oliveira

A partir de 2026, quem pretende pedir o Benefício de Prestação Continuada (BPC) deverá apresentar um documento com biometria — preferencialmente a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). A exigência integra o plano federal de modernização e segurança dos programas sociais, que prevê a adoção progressiva da identificação biométrica até 2028.

A mudança foi oficializada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), com base na Lei 15.077/2024 e no decreto regulamentado em julho de 2025. O governo explica que a biometria será utilizada na concessão, revisão e manutenção dos benefícios, como forma de reduzir fraudes e garantir que os recursos cheguem aos titulares corretos.

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Quando a biometria passa a valer

Um cronograma foi estabelecido para que a transição ocorra de forma gradual:

  • 21 de novembro de 2025 – inicio do uso prioritário da CIN como base biométrica em novos pedidos e renovações. Serão aceitas também a biometria da CNH e do cadastro do Tribunal Superior Eleitoral.

  • 1º de maio de 2026 – quem não tiver registro biométrico será obrigado a emitir a CIN para solicitar novos benefícios, incluindo o BPC.

  • 1º de janeiro de 2027 – a biometria passa a ser exigida também para renovações. Beneficiários sem documento biométrico serão notificados pelo governo.

  • 1º de janeiro de 2028 – apenas a CIN será aceita como base biométrica para todos os benefícios sociais.

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Segundo o MGI, cerca de 84% dos 68 milhões de beneficiários já possuem algum tipo de biometria registrada, o que deve facilitar o processo de migração.

Por que a mudança foi adotada

O governo afirma que a padronização do sistema de identificação civil, por meio da CIN, ajuda a unificar dados antes dispersos em diferentes RGs estaduais. A medida permite maior segurança no acesso aos programas sociais, evitando pagamentos indevidos e assegurando que o solicitante seja de fato o titular.

As notificações aos beneficiários ocorrerão de maneira individualizada, sem bloqueios imediatos. A exigência também será incorporada aos ciclos de atualização cadastral e às rotinas da “prova de vida”.

Quem terá tratamento diferenciado

Alguns grupos poderão ser dispensados temporariamente ou passar por análise específica, desde que apresentem comprovação:

  • idosos acima de 80 anos;

  • pessoas com deficiência ou com limitações de locomoção;

  • moradores de áreas remotas;

  • migrantes, refugiados, apátridas e residentes no exterior.

Benefícios solicitados até 30 de abril de 2026, como pensão por morte, salário-maternidade e seguro-desemprego, também terão prazos especiais.

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O que o beneficiário do BPC deve fazer

A orientação inicial é verificar se o RG (CIN), a CNH ou o cadastro eleitoral já possuem biometria. Caso não haja registro, a recomendação é providenciar a emissão da CIN antes de solicitar ou renovar o benefício a partir de 2026.

Quem estiver nas categorias excepcionais deve reunir documentação comprobatória para apresentar quando solicitado.