Janeiro de 2025 foi o mais quente da história, diz observatório europeu - Imagem: Alexa/Pixabay
Imagem: Alexa/Pixabay

Com informações do Correio Braziliense

O mês passado foi o janeiro mais quente já registrado no planeta, segundo dados divulgados pelo observatório europeu Copernicus nesta quinta-feira (6). Apesar do fenômeno climático La Niña, que tem um efeito de resfriamento, janeiro de 2025 registrou um aumento da temperatura média de 1,75ºC em comparação com o mesmo mês no período pré-industrial (1850 a 1900).

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“Janeiro de 2025 é mais um mês surpreendente, dando continuidade às temperaturas recordes observadas nos últimos dois anos, apesar do desenvolvimento das condições de La Niña no Pacífico tropical e do seu efeito temporário de resfriamento nas temperaturas globais”, destacou Samantha Burgess, líder estratégica de clima no Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo.

De acordo com o Copernicus, as temperaturas predominantes em partes do Oceano Pacífico equatorial sugerem “uma desaceleração ou estagnação da transição para ‘La Niña'”. Os efeitos do fenômeno poderiam desaparecer completamente até março.

Além disso, o observatório europeu afirmou que as temperaturas médias globais de 2023 e 2024 superaram 1,5ºC pela primeira vez. Esse marco não representa uma ruptura permanente do objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global, mas é um sinal de que o limite está próximo.

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Cientistas alertam que cada fração de grau de aquecimento acima de 1,5ºC aumenta a intensidade e a frequência de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, chuvas intensas e secas.

O Copernicus destacou que vai monitorar com atenção redobrada as temperaturas oceânicas durante 2025, já que os oceanos são um regulador climático vital. Águas mais frias podem absorver maiores quantidades de calor da atmosfera, ajudando a reduzir a temperatura do ar.