
O sonho de se tornar jogador de futebol talvez seja o mais comum entre os meninos de todo o mundo. Henrique Mariano Freire de Sá, de 9 anos, pode ter dado início na caminhada para fazer isso se tornar realidade.
O pequeno serra-talhadense foi aprovado recentemente em uma seletiva do Sport Clube Recife, o maior time de futebol do estado. Para conhecer um pouco mais sobre Henrique e como ele chegou até este momento, a reportagem do Farol de Notícias conversou com seu pai, Waldomiro Freire de Sá.
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“Henrique é fruto do meu primeiro casamento com Patrícia Adriana, tem um irmão mais velho (Luiz), que também é um espelho pra ele, e uma irmã mais nova (Alice), do meu segundo casamento com Maria Aleide. Alice é o seu xodó, que o chama de “Quiqui” por não saber pronunciar o seu nome completo, em razão da pouca idade. Ele agora vai servir como exemplo de bons princípios para ela. Somos professores, tanto eu, quanto a mãe, então sabemos o valor da educação pro ser humano. Ele é muito competitivo, dentro e fora do ambiente escolar, quer demonstrar que aprendeu e em muitos momentos procura ajudar os coleguinhas a entender os conteúdos”, contou.
Relação com o futebol
Waldomiro contou que o futebol faz parte da família desde muito cedo, sendo passada para ele pelo pai (avô de Henrique), e repassada por ele para os filhos. Porém, além de paixão, o futebol acabou sendo inserido na vida de Henrique também como uma medida de saúde.
“Em relação ao futebol, aí é uma paixão nutrida por mim e pelo irmão. Henrique nasceu em uma família de tricolores. Torço pelo Santa Cruz desde pequeno e repassei sem hesitar o amor pelo clube pro meu filho mais velho. Já para Henrique ficou mais difícil porque o time não ajuda (risos), então ele se tornou flamenguista, mas no final da série D senti a empolgação com o acesso do Santa, e isso renovou minhas esperanças (risos)”.
“Henrique pratica futebol desde os 4 anos na Escolinha do Serra FC, dos ex jogadores Rogério e Ricardinho, na época estava com algumas taxas alteradas, principalmente o colesterol, e enxergamos no futebol uma das saídas saudáveis para ajudá-lo nesse sentido. Iniciou com os professores Damião (Fiuza) e Larissa, hoje é pupilo dos professores Ricardinho, Rogério, Kayke e Diego. Canhoto, tem evoluído muito no esporte graças ao ótimo trabalho desenvolvido na escolinha, e também quero aqui oportunizar pra agradecer a todos que compõem a instituição, principalmente pelo cuidado quando um dos garotos e garotas quando se machucam”, explicou.
O pai detalhou que a principal dificuldade na relação do filho com o esporte, fica por conta da necessidade de encaixar o futebol com a rotina da família: “A maior dificuldade é conciliar os horários dos treinos, com trabalho, o meu principalmente, e os estudos dele. É sempre um desafio conciliar os horários, mas vamos seguindo da melhor forma possível”, disse Waldomiro.
A seletiva
Waldomiro contou como tudo aconteceu, desde o dia em que tomaram conhecimento da oportunidade, até a superação do filho durante a seletiva, e o desfecho com a notícia da aprovação.
“Recebi a notícia que ele tinha sido selecionado para participar do teste seletivo no Sport Clube do Recife na quarta dia, dia 22, me ligaram da escolinha de futebol, e me informaram que ele tinha sido escolhido com mais três garotos para esse teste seletivo. Confesso que saí de lá chorando de alegria”.
“Ele foi inscrito e assim ele foi viver essa experiência em um clube de tamanha grandeza que é o Sport. Lá ele fez uma primeira parte do treino que o condicionou a aprovação. Apesar de sentir um incômodo no pé esquerdo, se posicionou bem, não se escondeu do jogo (uma virtude dele), combateu, driblou, deu bons passes, fez um lançamento que um pai do meu lado, sem saber que era o meu filho, disse ‘que lançamento, que bola’, no lance ele recuperou a bola do lado direito do ataque, se livrou da marcação e lançou no pé do atacante, que fez o gol, foi maravilhoso. Ao final do treino o professor Diego destacou a boa primeira fase do treino e no início da noite recebemos a notícia, através de um link disponibilizado, que ele e outros dos colegas da escolinha tinham sido aprovados”.
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O que vem pela frente
Apesar da aprovação na seletiva, o pai de Henrique mantém os pés no chão. Ele explicou durante a conversa com o Farol que apesar da oportunidade, a prioridade continua sendo a educação do filho. Além disso, uma mudança para Recife está fora de cogitação no momento, mas isso não vai impedir que Henrique frequente as atividades no Sport.
“Há a possibilidade de treinar com os profissionais da base do clube uma vez por mês, no final de semana, estamos avaliando as possibilidades, ele está sendo bem acompanhado aqui no Serra, evoluindo bem. A vida no interior nos proporciona muitas coisas boas, comparando com a vida na capital, morar em Recife hoje é fora de cogitação, estamos muito felizes por ele ter vivido essa experiência e pelo resultado. Mas a educação dele é prioridade e ele continuando da forma que está hoje terá um futuro promissor. Estamos muito felizes!”, concluiu.
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