Em menos de 24h, o jurídico da coligação ‘O trabalho vai continuar’, do candidato à reeleição Luciano Duque (PT), conseguiu impor duas derrotas ao PR impedindo a militância do candidato Victor Oliveira de cantarolar dois jingles de campanha. O juiz eleitoral Marcus César Gadelha acatou, agora a pouco, no final da tarde desta quarta-feira (14), mais uma representação do PT que pediu a proibição de outro jingle na voz do cantor Rui Grude.
A música, que já circulava em carros de som pelas ruas de Serra Talhada, acusava os ‘duquistas’ de quererem “mamar ainda mais” na prefeitura. Na argumentação, o jurídico do PT alega que a canção denigre a imagem do prefeito insultando a sua pessoa, inclusive quando o associa a esquemas de corrupção e roubalheira. Entre os versos cantados, um deles diz que os governistas já “desviaram o alimento e o povo sem perceber”. A representação destaca ainda que a música associa o prefeito a um porco.
“No presente caso, o jingle se destina a ofender a honra do representante de forma objetiva e subjetiva, pois ao trazer frases como ‘já mamou foi quatro anos ainda quer mamar mais, tire esse bicho daí que tá mamando demais’ e ‘desviaram o alimento e o povo sem perceber’, a música diretamente atribui ao candidato/representante a prática de crime, além de se reportar ao prefeito a todo instante como sendo um porco, o que afronta ao mesmo tempo a sua dignidade enquanto ser humano, afrontando também a dignidade da Justiça Eleitoral que vê o total desrespeito aos propósitos da propaganda eleitoral”, atesta o despacho.
Com isso, o juiz eleitoral ordenou a imediata suspensão na cidade da execução do ‘jingle do porco‘ – como ficou mais conhecido – em qualquer tipo de equipamento sonoro, horário gratuito (guia eleitoral), inserções, carros de som particulares ou de campanha, comícios, internet, compartilhamento e publicação em redes sociais, carroça de camelô e demais veículos sonoros. Bem como fica vedada a produção de cópia das referidas mídias, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 20 mil por descumprimento.
Em conversa com o FAROL, o coordenador jurídico do PR, Allan Pereira, disse que vai recorrer da decisão junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Recife. Já o advogado Caio Antunes, da coligação ‘O trabalho vai continuar’ destacou que sua equipe vai continuar vigilante para identificar e evitar mais abusos dos adversários que tentem ferir a imagem do candidato Luciano Duque.
OUTRO JINGLE PROIBIDO
Além dessa, o PT venceu outra batalha jurídica nessa terça-feira (13), quando conseguiu impedir outra criação musical do PR, alegando que a peça também feria a imagem de Luciano, especialmente, quando afirmava – com ironia – que Duque teria “feito” o Cristo Redentor, o estádio do Maracanã e até a muralha da China, entre outras ações grandiosas. A música é uma paródia do jingle do candidato petista, que repete os versos “quem fez foi Luciano”(veja).
41 comentários em Justiça Eleitoral proíbe mais um jingle do PR: agora é a vez do ‘já mamou demais’ sair das ruas de ST