Leitora denuncia falta de atendimento no Centro de Zoonoses de ST

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A causa animal enfrenta já há alguns anos o desprezo e falta de políticas públicas em Serra Talhada. Diariamente a redação do Farol de Notícias recebe alguma reclamação sobre animais em situação de rua ou com os cuidados para seus pets.

Nesta quarta-feira (14), a leitora serra-talhadense Jéssica Ramalho entrou em contato para relatar uma experiência que vivenciou no Centro de Zoonoses da cidade. Segundo ela, o espaço está abandonado e negligenciando os casos de animais e tutores que buscam o serviço.

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“Já houve casos de maus-tratos e, recentemente, levei uma gata para cuidados. No entanto, não fizeram nenhum exame ou atendimento. Disseram de forma grosseira que seria melhor levá-la embora, pois se ficasse lá morreria”, descreveu a jovem, complementando:

“O centro está sem estrutura e os funcionários parecem não se importar com o sofrimento dos animais. Falaram que não tinha tramando, o que reforça a falta de preparo do local. A situação é extremamente preocupante, e a população e os animais merecem um serviço mais digno e responsável”.

OUTRO LADO

Durante entrevista concedida a Giovanni Sá, no Programa Falando Francamentre, da Tv Farol de Notícias no YouTube, o Médico Veterinário Dr. Jackson e o Gerente da Vigilância em Saúde, Joel Rita, responderam sobre o questionamento feito pela leitora. Confira:

“Lá é um centro de controle de zoonoses. A questão de bem-estar do animal é muito complicado da gente fazer. Tem a clínica para a questão da consulta, de prescrever a medicação, igual um posto de saúde, mas a questão de internar, de fazer o local de moradia, é muito difícil, porque lá é um centro de controle do zoonoses. Estes animais doentes, atropelados, acometidos de uma virose não eram nem para estarem lá. A estrutura é para receber animais suspeitos de zoonoses, de raiva, que vai ficar em observação durante 10 dias, suspeito de leishmaniose, que o mais rápido possível a gente tem que fazer o teste rápido e se der positivo, o animal ser eutanasiado”, analisou Dr. Jackson, complementando:

Lá é um local para o animal passar no máximo 10 dias, esperando um exame desse, uma cadela no cio que a gente faz o controle populacional, que vai ser castrada, mas vai ser liberada quando se recuperar, lá não é abrigo, é um ambiente totalmente insalubre. Pegar um animal para servir de moradia, para tratamento lá, não tem e nem nunca vai ter estrutura lá, porque se fosse um hospital veterinário, até poderia sim, mas como lá é uma clinica diurna e um centro de zoonoses, infelizmente, não tem estrutura mesmo, até porque estes animais não eram para estarem lá, é uma questão de bem-estar animal, que infelizmente não é com o centro de zoonoses, não é com a secretaria de saúde”.

“Em relação ela ter sido mal atendida, vamos conversar com os profissionais, dizer que recebemos esta reclamação, conversar, porque não é para ser mau atendido em canto nenhum. Uma das coisas que a gestão prega, é o bom atendimento. Quem vai no posto de saúde, é porque está doente, ninguém vai porque está sadio. Quem vai no centro de controle de zoonoses com seu animal doente, a pessoa já vai também, psicologicamente, emocionalmente frágil, agora esta questão de ser mau atendido, não é para acontecer, então vai ter reunião com o pessoal e a gente vai conversar”, acrescentou Joel.