Livro vai contar histórias dos anos 60 em ST

Publicado às 06h desta sexta-feira (22)

A escrita memorialística é uma das grandes vertentes dos escritores serra-talhadenses que buscam registrar nas páginas de seus livros o cotidiano da cidade que cresce desenfreadamente varrendo para um passado remoto as lembranças e saudades. Um dos autores que trabalham com esse linha literária é o recém eleito presdente da Academia Serra-talhadense de Letras, Adelmo Santos, também conhecido como Adelmo Favela.

O escritor e poeta está finalizando mais uma obra que pretende lançar em janeiro de 2020, o ‘Serra Talhada, um mergulho no passado’, composto por 112 páginas, com 20 capítulos, e cada um deles traz uma crônica poética sobre o município nos idos anos de 1960. O título será o terceiro publicado de sua carreira, que guarda pelo menos 10 outros livros inéditos ainda não publicados.

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Em entrevista ao Farol de Notícias, Adelmo revelou algumas histórias que integram seu novo livro. Relatos de um cotidiano simples e típico dos sertões, mas rico de costumes e cultura local. Uma das crônicas centrais relembra o Bar do Abrigo, ponto de encontro dos populares para se refrescar do sol quente e ficar a par dos principais fatos ocorridos.
crônicas poéticas

“Esse é mais um resgate da história de Serra Talhada, fala do tempo do motor velho que não tinha energia na cidade, a energia era gerada através desse motor. Fala do tempo das carroças de burro, que abastecia a cidade com água, porque não tinha água encanada também. São dois pontos cruciais, faltava água e faltava energia. Esse livro, a história dele é baseada na década de 1960. A principal história fala do Bar do Abrigo, que ilustra a capa do livro, e era nesse bar onde a cidade acontecia nos anos 1960. Ficava na Praça Sérgio Magalhães, onde era a Feira Orgânica. Tem também uma história sobre o açougue, no tempo que as pessoas compravam carne e levavam ela para casa pendurada em um ferro”, detalhou.

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VIDA DE ESCRITOR

Parte do livro já foi ao ar nas páginas deste Farol, que também contou com a colaboração dos leitores que comentaram as histórias e enriqueceram o relato de Adelmo. O escritor aproveitou a conversa para desabafar sobre a falta de incentivo para a escrita em Serra Talhada. Segundo ele, não há caminhos fáceis para escrever e viver de literatura na sua terra natal.

“São 20 capítulos, cada capítulo é uma crônica, uma história e uma foto. Têm crônicas que já foram publicados no Farol de Notícias, alguns comentários que utilizei, material interessante e que enriquece a história do livro. Já corrigi ele e estou tentando conseguir alguns patrocínios, ele está mais encaminhado para ser lançado em janeiro 2020. Lançar livro em Serra Talhada é complicado. Os meus livros por exemplo, eu mesmo escrevo, corrijo, lanço, vendo, sou editor, sou tudo no livro. Vou procurar alguma oportunidade para lançar, procurar as autoridades locais”, finalizou.

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