Mãe denuncia escola em ST por não oferecer transportePublicado às 05h55 desta quinta-feira (170

No início de fevereiro as escolas de Pernambuco retornaram as aulas presenciais com mudanças importantes nos modelos pedagógicos e horários. Em Serra Talhada essas alterações estão causando transtornos para as famílias da zona rural da cidade, que estão sem transporte para trazer as crianças e adolescentes para as aulas.

Em visita a redação do Farol de Notícias, a agricultora Luciana Maria Lopes Rodrigues, de 46 anos, moradora do Sítio Macambira, zona rural de Serra Talhada, a cerca de 12 km da sede do município, desabafou sobre sua situação com a filha tem 12 anos que não está vindo para a escola, pois não há o transporte para o turno da tarde.

“Estamos com problemas de transporte. Ano passado ela estudava de manhã só que esse ano o estado mudou os horários, só que não mudaram os transportes. Ela está prejudicada em casa, chorando em casa por que eu não tenho como pagar transporte. E mesmo que eu pudesse e quisesse pagar transporte eu não tenho como, porque não tem carro lá para eu pagar. As aulas começaram dia 4 de fevereiro, aí eu falei com a diretora perguntando se não vai ter carro no horário para minha filha vir. Ela falou que não é problema meu e nem dela, o estado que ia resolver. Só que até agora o estado não resolveu nada”.

A mãe aflita procurou o Ministério Público para tentar resolver a situação e a gestão da escola que a filha está matriculada, Escola Estadual Irmã Elizabeth, mas foi informada que para ter uma resposta teria que procurar a GRE (Gerência Regional de Educação) em Afogados da Ingazeira ou Recife.

“Não estou tendo condição nem de pagar o transporte para minha filha vim do sítio estudar. De 5h tem o carro, só que de 12h não está tendo para ela vir, eu não vou mandar ela de manhã para ficar até 12h solta aqui na rua. Ela é de menor, tem 12 anos, e eu não tenho com quem deixar ela aqui. Eu falei com o supervisor dos transportes e ele nem o meu telefone atende mais. Lá tem mais ou menos uns dez alunos prejudicados. Por isso que eu procurei o Farol e Notícias para denunciar esse caso e ver o que é que pode fazer”, finalizou.