Mãe serra-talhadense luta para salvar filho com câncer

Publicado às 05h44 desta quarta-feira (14)

O pedido de uma mãe desesperada chegou à redação do Farol de Notícias nessa segunda-feira (13).  Enedina Nunes Neta, 63, moradora do bairro São Cristóvão em Serra Talhada, contou que Klebson Nunes Pereira, 40 anos, filho dela, luta contra um tumor maligno no cérebro, denominado astrocitoma. Uma verdadeira batalha que teve início com a descoberta em agosto de 2021, e que não pode ser removido, pois ele correria o risco de ficar em estado vegetativo. Idosa, desempregada, não aposentada, com problemas de ansiedade, a senhora Enedina, aconselhada por amigos, lançou uma vaquinha virtual para tentar buscar ajuda para a compra do medicamento que tem a função de evitar o desenvolvimento do tumor.  

Klebson Nunes faz tratamento de quimioterapia no Hospital do Câncer de Pernambuco em Recife e precisa tomar uma medicação chamada Temodal (Temozolomida), não disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A família procurou uma advogada para entrar com um pedido na justiça para o fornecimento da medicação, mas a advogada, após vários meses de espera, comunicou a mãe de Klebson que não deu entrada no pedido. Um desespero para a mãe que compreende bem a gravidade do estado de saúde do filho que piora a cada dia. Ela também procurou a Justiça Federal de Serra Talhada, mas teve o pedido negado pelo juiz. Recorreu, mas ainda não obteve respostas. 

“Ele fez 27 sessões de radioterapia e teria que dar continuidade com a quimio em comprimidos (TEMODAL). Segundo o oncologista, ajudaria o tumor a não continuar em crescimento. Antes, ele morava em Maceió e trabalhava como autônomo, hoje, mora comigo em Serra Talhada. A oncologista solicitou a quimioterapia em comprimido (Temodal), em dezembro de 2021. Devido a minha condição financeira, ela me recomendou entrar diretamente na justiça porque seria rápido. Uma amiga me indicou uma advogada que entraria com o serviço gratuito, ela disse que daria entrada, passaram-se, janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho. No dia dois de agosto, ela me respondeu que tinha esquecido de dar entrada no processo e que naquele momento não poderia porque estava sem tempo. A médica colocou no pedido da medicação de alto custo, que se meu filho não fizesse logo a quimioterapia corria risco de entrar em óbito”, contou Enedina Nunes, acrescentando:

“Tendo essa notícia, eu fiquei em pânico, procurei a Justiça Federal, aqui em Serra Talhada. Procurei no dia 3 de agosto, foi feito o pedido em caráter de urgência. Após uma semana, o juiz deu o parecer e negou a tutela de urgência. Deu continuidade ao processo, passaram-se, setembro, outubro, novembro, e ele solicitou uma perícia médica. Em janeiro de 2023, no retorno do recesso da Justiça Federal, o juiz deu uma liminar e julgou improcedente o meu pedido. Eu fiquei apavorada, em pânico, entrei em crise de ansiedade, temendo perder o meu filho”, disse.

“Ele passou a ficar mais esquecido, a ter mais dores de cabeça, a ter tremores. Afetou a coordenação motora dele, passou a caminhar com mais dificuldades, por falta da medicação. Está muito difícil para mim, e eu não sei mais o que fazer, sou apenas uma mãe em desespero tentando salvar um filho que está com um câncer, um tumor maligno, e que eu tenho que fazer de tudo o que estiver ao meu alcance, procurar todos os meios que eu puder para salvar o meu filho”, desabafou Enedina.

SAIBA COMO AJUDAR

PIX no número de CPF: 220.540.144-00 – Banco Caixa Econômica, no nome de Enedina Nunes Neta. Link para a vakinha virtual: https://www.vakinha.com.br/3558260.