Boa dia e um domingo de paz aos amigos e amigas deste Farol. Como estamos no inverno, e o friozinho já é uma realidade- apesar de faltar chuvas- me veio a lembrança dos bons tempos em que tínhamos orgulhos do Rio Pajéu. Que, em tese; era para ser um dos nossos cartões-postais. Mas o que fizemos com o nosso patrimônio natural que nos foi dado por obra e graça divina? O Pajéu hoje é o retrato 3X4 da desolação e a prova de como o homem não sabe lidar com a sua própria história.
Ainda guardo lembranças das águas que corriam livres das cercas e do prazer em mergulhar em águas cristalinas. E como esquecer da pedra do curtume, das partidas de futebol na areia, de alguns piqueniques olhando o rio comemorar a sua liberade. E quem não se lembra da festa que fazíamos quando o açude Cachoeira II “sangrava” e toda a cidade vinha reverenciar o velho Cachoeira. Era gostoso ouvir o som da água correndo com força e os gritos de alerta aos mais atrevidos. “Menino, danado, sai daí que é fundo”.
Tenho boas lembranças de alguns piqueniques que fiz com a minha família. Mas ninguém sujava as margens do manancial. Toalha no chão, frutas, risos, brincadeiras e a certeza que a fartura estava assegurada no campo. Afinal, toda a região estava molhada. Não dá para esquecer da safra do umbú e da seriguela. Arriegua! me esbaldava na umbuzada que era feita por minha saudosa mãezinha. Lambia os beiços. Em tempos de inverno e de fartura uma história puxa a outra. Conte também a sua. Este espaço é para todos que ainda têm um báu de coisas a serem compartilhadas. Saúde e paz aos faroleiros e faroleiras.
7 comentários em MEMÓRIA: O que fizemos com o Rio Pajéu e as lembranças do velho Cachoeira