
Com informações do g1
Um menino de 5 anos, identificado como Matthew Cruz Mussa, morreu na manhã desta sexta-feira (28) após cair da janela do banheiro de um apartamento no 12º andar do Residencial Grand Ville, na Zona Leste de Uberlândia (MG). A queda, estimada em cerca de 35 metros, foi registrada por volta das 7h25, segundo relato de uma testemunha à Polícia Militar. O óbito foi confirmado ainda no local pelo Corpo de Bombeiros.
Antes do acidente, a mãe da criança, Emily Linhares, contou à PM, em estado de choque, que havia acordado às 6h30 para ir à academia do próprio condomínio, deixando o filho dormindo no apartamento. O marido dela estava fora, trabalhando. O boletim de ocorrência registra que, nesse intervalo, Matthew acordou, foi até o banheiro e alcançou a janela sem tela de proteção, utilizando uma cadeira e uma mesinha de plástico infantil encontradas logo abaixo do vão.
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Moradores relataram ter ouvido gritos do lado de fora do condomínio instantes depois da queda. Um casal afirmou que caminhava pela calçada em frente ao bloco 3 quando encontrou a criança no chão. Outra moradora, que preferiu não se identificar, disse ter despertado assustada ao ouvir pedidos de socorro por volta das 7h30.
Emily recebeu atendimento médico devido ao abalo emocional e foi levada para prestar depoimento. A Polícia Civil, no entanto, descartou a prisão da mãe ao concluir que não havia “elementos mínimos” que configurassem o crime de abandono de incapaz. Conforme a corporação explicou, para que haja esse tipo de responsabilização é necessário comprovar a intenção deliberada de deixar a criança exposta a risco imediato, o que não foi identificado pelo delegado responsável.
O corpo do menino foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e será sepultado em Ituiutaba, a 136 quilômetros de Uberlândia.
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O que diz a defesa da mãe
O advogado da mãe, Thiago Honório, afirmou que ela foi inicialmente conduzida à delegacia sob suspeita de abandono de incapaz, mas liberada por falta de indícios que sustentassem a prisão. Segundo ele, Emily havia ido até a portaria buscar a chave da lavanderia do prédio e permaneceu fora do apartamento por cerca de 10 minutos. A movimentação, destacou o defensor, pode ser comprovada por um aplicativo utilizado pelos moradores do condomínio.
Honório também reforçou que o pai do menino estava no trabalho no momento do acidente e que todas as informações foram devidamente apresentadas à polícia, resultando na decisão de não ratificar a prisão.