Fotos: Paulo César Gomes
Publicado às 05h30 desta sexta-feira (29)
Por Paulo César Gomes, professor, escritor, historiador e colunista do Farol de Notícias
Moradores da Rua Cornélio Soares, 370, estão dando um pelo exemplo de preservação do patrimônio arquitetônico da cidade, diferente de outros serra-talhadenses que preferem derrubar parte importante da nossa história.
O casal de moradores da residência construída na segunda metade do século XIX levou mais de uma semana para concluir a obra, já que todo o reboco é de barro, e os detalhes dos ‘berais’ também. Ou seja, a fachada é praticamente a mesma há aproximadamente 150 anos.
O casal que reside no imóvel prefere não aparecer. Eles apoiam a Lei Municipal de Tombamento de Bens Móveis e Imóveis. Segundo eles, além de manter viva a história de Serra Talhada, a lei poderá garantir formas de custeio através de apoio da prefeitura para a manutenção do imóvel centenário.
O casarão é ponto turístico de Serra Talhada, situado a poucos metros da Igreja do Rosário dos Homens Pretos, é comum ver pessoas de diferentes cidades e idades tirando fotos em frente a casa.
OAB APOIA A LEI MUNICIPAL DE TOMBAMENTO E AGUARDA REUNIÃO O REPRESENTANTE DO MPPE PARA TEXTO RETORNA A CÂMARA VEREADORES.
A proposta de criação de uma Lei Municipal de Tombamento para proteção e valorização do patrimônio arquitetônico de Serra Talhada tem reunido forças importantes para a sua instauração, IHGPajeú, do IHCST, das academias de letras, de professores universitários, historiadores, pesquisadores, poetas, atores, músicos, advogados, proprietários de imóveis, também soma-se a esse luta a Igreja Católica .
A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB Serra Talhada, que se manifestou a favor da causa, através do presidente Dr. Allan Pereira, declarando que “é imprescindível essa ação de proteção e resgate histórico da evolução civilizatória de nossa cidade”.
“Muito importante para Serra Talhada a discussão em torno de uma Lei Municipal de Tombamento, especialmente de prédios públicos históricos e demais imóveis que são parte fundamental da nossa história como povo. Imprescindível é o resgate e a valorização de nossos referenciais históricos, testemunhos de nossa trajetória de evolução como civilização. A qual devemos ter o orgulho de preservar para transmiti-los às gerações que ainda estão por vir”, explicou Pereira.
A expectativa agora é a realização de uma reunião com o representante do MPPE, onde serão apresentadas as alterações no texto original da Lei Municipal de Tombamento de Bens Móveis e Imóveis.
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